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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GREVE DOS MÉDICOS DO SUS

Coordenada pelo Conselho Federal de Medicina, pela Associação Médica Brasileira e pela Federação Nacional dos Médicos, a greve deflagrada pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) em 21 Estados - e que teve a adesão de cerca de 100 mil profissionais - é o efeito inevitável do desleixo com que o governo vem gerindo o setor.
A situação é crítica no que se refere à remuneração. Na área de cirurgia cardiovascular, por exemplo, os médicos passam de quatro a seis horas na sala de operação, têm de ficar dois meses de sobreaviso para agir em caso de intercorrência após a cirurgia e recebem pouco mais de R$ 100 por caso. Por ponte de safena, que exige uma equipe de quatro cirurgiões e dois instrumentadores, o SUS paga cerca de R$ 1 mil - enquanto alguns planos de saúde pagam até R$ 13,5 mil. Segundo a AMB, a Fenam e o CFM, a média do salário-base do médico que trabalha 20 horas semanais é de R$ 1.946,91, oscilando de R$ 732,81 a R$ 4.143,67, dependendo do Estado.
As três entidades defendem um piso salarial baseado numa lei federal editada há cinco décadas. Por ela, em valores corrigidos, os médicos teriam um piso de R$ 9.188,22.

(Dados do Estadão)

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