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domingo, 29 de março de 2020

É PRECISO REPENSAR TUDO


A crise é totalitária - afeta tudo - terá efeitos prolongados e, portanto, nos obriga a repensar tudo, em todas as esferas.

Na pessoal, claro: papéis familiares que devem ser redefinidos e reacomodados à velocidade da luz, compactados em uma nova dimensão. 

No profissional, evidentemente: um imenso esforço em digitalização e eficiência remotas; a engenhosidade de cada um para redirecionar, revitalizar atividades paralisadas ou corroídas pela crise do vírus.

E, como não, na vida pública, o papel dos Governos e do mercado.

O mundo entrou em coma e a respiração assistida —de doentes humanos, de empresas em crise, de milhões de pessoas em dificuldades financeiras— só pode ser propiciada pelo conglomerado de instituições públicas. 

As administrações públicas são o pilar da salvação nas duas frentes: a econômica e a da saúde. Nos dois casos, a ação de agora determinará nosso futuro em múltiplos aspectos.

Na frente da saúde, o objetivo é proteger a vida dos cidadãos e o reforço das estruturas hospitalares.

Na frente econômica, o objetivo é evitar uma depressão brutal. Para isso, é necessário injetar dinheiro na economia para, antes de tudo,  preservar empregos e a capacidade produtiva e, quando isso não for possível, apoiar os desamparados. Isso exigirá uma brutal acumulação de dívida pública para compensar o colapso do faturamento privado. 

Encontrar o equilíbrio ideal nesse cenário é  um dos maiores desafios que a humanidade enfrentou até hoje.

“o preço da hesitação pode ser irreversível”. 

Andrea Rizzi - El País

Viver é Perigoso

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