Uma pesquisa do centro de estudos britânico Nesta argumenta que o setor
chinês de ciência já é "grande demais para ser ignorado". O país gasta cerca de US$ 500 milhões em pesquisas por dia e emprega um
quarto da força de trabalho do setor no mundo.
De posse do relatório, o ministro das Finanças britânico, George Osborne,
disse nesta terça-feira que os britânicos tendiam a ver a China como um grande
"sweatshop" (fábrica com condições de semiescravidão). Osborne disse a um programa de TV que o gigante asiático "está na vanguarda
da medicina e da alta tecnologia."
O estudo da Nesta compila dados impressionantes:
- A China tem o supercomputador mais rápido do mundo, o Tianhe-2. Seus chips são feitos pela Intel, mas foram desenvolvidos por pesquisa chinesa.
- Cientistas chineses criaram o material mais leve já conhecido, uma espécie de gel aerossol composto por carbono e grafeno.
- Em apenas 14 anos, a China deixou de ter apenas 1% da capacidade de sequenciamento genético do mundo para ter quase 50%.
Um fator-chave identificado no relatório da Nesta é o tamanho extraordinário
de gastos do país em pesquisa - cerca de US$ 163 bilhões ano passado, um aumento
de 18% em relação ao ano anterior, com novos saltos planejados.
Isso indica que a ciência passa a ser vista como um elemento central na
estratégia de longo prazo de crescimento da China.
A China também se destaca no número de patentes solicitadas e garantidas, na
educação superior (em 2020, calcula-se que o país possa produzir mais formandos
do que os EUA e a União Europeia juntos) e em publicações científicas (no mesmo
ano,o país deverá passar a publicar mais artigos científicos do que os EUA).
BBC
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