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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DOCE CREPÚSCULO



Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia.      Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião.
 Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer por em ordem a vida dos outros.
Ensina-me a pensar nos outros e ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando, com modéstia, a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante.
Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos... quando não há intromissão na vida deles.
Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá-me asas no assunto para voar diretamente ao ponto que interessa.
Não me permitas falar mal de alguém.
Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças... Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada dia que passa. 
Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; seria pedir demais.  Mas ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com alguma paciência.
Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errado em algumas ocasiões.  Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis. 
Mas sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço: mantém-me o mais amável possível. Livra-me de julgar-me santo. Pois sei que um velho ou uma velha rabugentos são obra do maligno.
Ajuda-me. Amém!
(Adaptado da web pelo amigo Pastor Ephain Santos de Oliveira)

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