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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

COMO O PODER CORROMPE UM PARTIDO

 
"...Inebriados, cada vez mais, pelo irresistível prazer do novo mundo aberto a essas camadas, até mesmo impensáveis formas de consumo, todos os sonhos fundacionais de mudança foram sendo estilhaçados ao longo do caminho, incluídos a razoabilidade e os limites éticos.
O PT gerou dentro de si uma incontrolável ânsia de mobilidade, uma voragem autodestruidora inspirada na monstruosa desigualdade que sempre nos caracterizou. Conquistado o Planalto, não houve nem revolução nem reforma e o fato serviu, particularmente, para saciar a fome histórica dos que vieram de baixo.
Instalou-se, em consequência, o arrivismo e a selva do vale-tudo: foi morrendo o padrão Suplicy e entrou o modelo Delúbio-Erenice. Logo a seguir, ante a inépcia da ação governamental, também foi necessário impor a mentira como forma de governo.
Por fim, o PT mudou de cabeça para baixo o seu próprio financiamento. Abandonou o apoio miúdo e generoso dos milhões que o sustentaram na primeira metade de sua história, pois se tornara mais cômodo usar o atacado para ancorar-se no poder. Primeiro, o mensalão e, agora, os cofres da Petrobrás.
Nessa espiral doentia de mudanças, a partir de meados dos anos 1990 o partido enterrou o seu passado. Sua capacidade de reflexão, por exemplo, deixou de existir e o imediatismo passou a prevalecer. Assim, um projeto de nação ou uma estratégia de futuro não interessavam mais. O pragmatismo tornou-se a máxima dessa nova elite e sob esse caminho o subgrupo sindical e seus militantes vêm pilhando o que for possível dentro do Estado.
Examinados tantos escândalos, invariavelmente a maioria veio do campo sindical. E foi assim porque da tríade original dos anos 80, a classe média radicalizada e os religiosos abandonaram o partido. Deixaram de reconhecê-lo como o vetor que faria a reforma, sobretudo moral, da política brasileira. "

Zander Navarro - Estado de São Paulo

2 comentários:

Anônimo disse...

Fico espantado com o nível a que chegou a imprensa em Itajubá: O OSM fez uma reportagem, baseado em denúncia anônima, sem nenhuma comprovação prévia, insinuando que o RR estaria desviando as pedras retiradas da Praça, para fins particulares.

Depois, ficou todo condoído com a reação do RR, prometendo entrar na Justiça para reparar os danos a que se acha no direito.

Tomara que o OSM entre na Justiça e faça o RR pagar X de indenização por danos morais.

E tomara que o RR entre na Justiça e faça o OSM pagar 5X de indenização por danos morais, para aprender a não publicar coisas sem a devida averiguação prévia.

Imprensa é quarto-poder. E quarto-poder é responsabilidade e não significa publicar aquilo que der na telha, comprometendo a imagens das pessoas, a seu bel-prazer.

Por isso até que deixei de ser assinante desse jornal.

Anônimo disse...

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