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segunda-feira, 10 de junho de 2013

AINDA SOBRE OS MÉDICOS CUBANOS

 
A notícia de que o governo brasileiro estuda trazer médicos cubanos ao país gerou polêmica no último mês. Se concretizados, tais planos incluirão o Brasil em uma longa lista de países que já recebem médicos da ilha caribenha. Mas como, afinal, Cuba chegou a ter tantos médicos? E por que tem tanto interesse em "exportar" seus serviços para outros países?
Em Cuba, os profissionais da área de saúde têm uma função bem mais ampla do que simplesmente atender à população local. Já há algum tempo, a exportação de serviços médicos tornou-se crucial para a economia da ilha.
Segundo informações repassadas pela Chancelaria do país à BBC, o contingente de profissionais de saúde cubanos trabalhando fora da ilha atualmente alcança mais de 20 mil especialistas, que trabalham em 60 países e geram lucros milionários ao regime - as cifras mais otimistas falam em até US$ 5 bilhões (R$ 10,6 bilhões) por ano.
O serviço que os médicos cubanos prestam à Venezuela, por exemplo, permite que Cuba receba 100 mil barris diários de petróleo. Há profissionais da ilha em outros países da região, assim como cerca de 4 mil na África, mais de 500 na Ásia e na Oceania e 40 na Europa. Segundo fontes oficiais, a Venezuela pagaria esses serviços por consulta - e a mais barata custaria US$ 8 (R$ 17) em 2008. Já a África do Sul pagaria mensalmente US$ 7 mil (R$ 14,9 mil) por médico da ilha.
Em 1959, ano da Revolução Cubana, o país tinha apenas 6 mil médicos, sendo que a metade deles emigrou após o movimento. A crise sanitária que se seguiu a essa emigração alertou o governo para a necessidade de formar profissionais de saúde em ritmo acelerado. Agora, mais de meio século depois, o país tem 75 mil médicos - um para cada 160 habitantes, a taxa mais alta da América Latina.
 
O Tempo

5 comentários:

Cambuinha disse...

Estarão todos desertando das áreas brasileiras inóspitas reservadas a eles.

Pedirão asilo.

Regularizados, lutarão por empregos em hospitais paulistanos.

O problema da Saúde continuará o mesmo. Ganhar-se-á um diplomático.

Aldo Gonçalves disse...

acho que Cuba vai ter de imprimir diplomas de medicos e entregar para quem quiser.

Aldo disse...

Zezinho, tenho um livro para lhe dar. Sobre o Osvaldão, meu conterrâneo de Passa Quatro.

Edson Riera disse...

Aldo,

Beleza. Irmão do meu amigo Cb Orlando.
Também tenho um livro para lhe entregar desde o natal passado.
Abraço
Zezinho

Anônimo disse...

Um medico para cada 160 habitantes.
Numeros assim, só Cuba e a familia do Aldo tem.