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domingo, 20 de maio de 2012

HORA DA VERDADE


Publicado no Blog no dia 15/10/2009 - Continua Valendo 
Não sei o que deu, mas num domingo pela manhã, em lá estando, convidei a Sônia para visitar o Cemitério Père Lachaise em Paris. Tem gente pensando ou confirmando: o cara não é normal.
Calma, não deixa de ser interessante caminhar no Père Lachaise pelas ruelas arborizadas, na época, judiadas e tristes pela aproximação do inverno.
De cara encontrei o Sr. Honoré de Balzac, sim, aquele das balzaqueanas. Em frente ví o Gilbert Becaud, lembram-se das musicas de sucesso nos anos 60 ? Bem acompanhado ao lado pela incontrolável e admirada Isadora Duncan (morreu com o xale enroscado no conversível) e moradora ao lado da Sarah Bernhardt .
Muito imponente a residência definitiva da família Bugatti, os mesmos dos carros de corrida. Temos que tirar a boina alí na esquina para a Maria Callas (parece que nunca perdoou o Onassis).
Albert Camus, o dos filmes que a gente não entendia muito. Sim, silêncio. Alí dorme o grande Fréderic Chopin e ao lado, a artista insinuante Collete e o admirado Rossini, que virou depois, nome de filet.
Um pouco de pintura. Mais alí, Delacroix, após, o Sr. Modigliani e outros.
Com grande respeito repousa alí o Sr. Allan Kardec.
Está alí o Sr. La Fontaine (lembram-se das fábulas). O Sr. Oscar Wilde, sempre muito questionado (agora não mais), o Sr. Moliére, o Sr. Proust e já dos meus tempos, a Simone Signoret, pertinho como sempre, do Ives Montand.
O pessoal do Champagne está bem representado. Estão lá o Boulanger, Pérignon e outros
Num cantinho, lá no centro está o astro de rock, imbatível nos palcos , Jim Morrison, do The Doors (abusou de mais, quando foi para Paris para fugir, ficou lá forever).
Muitos outros nomes que fizeram época.
Deixei para o final, o minha artista francesa predileta, muito mais do que Bardot ou Deneuve. Falo da quase imortal Edith Piaf. Sem comentários adicionais sobre ela, uma vez que são plenamente dispensáveis.
No fundo no fundo, não escapa ninguém, fica a memória.
Vamos nos cuidar e preparar para a inevitável prestação de contas.
ER

3 comentários:

Anônimo disse...

Vamos nos cuidar e preparar para a inevitável prestação de contas.

Ta com a conciencia pesada?

Anônimo disse...

Estive com o Ado no Père Lachaise ano passado, depressão! Vc não esta bem camarada! Sugiro um banho de cachoeira, alias de mar é melhor, cachoeira só em Minas!

Anônimo disse...

"Os mortos governam os vivos"
A veneração pelos líderes falecidos, confere um sentido literal à clássica expressão de Auguste Comte de que "os mortos governam os vivos."Quando ele dizia: "Os mortos governam os vivos", ele traduzia de uma forma a lapidar a idéia fundamental de que toda civilização é fruto do passado e que nós não poderíamos compreender o presente sem a referência constante da herança espiritual dos nossos ancestrais.
Mas talvez o sábio alemão tenha razão. Caso os mortos pudessem voltar para ver o sucesso que estão fazendo, talvez perdessem o cartaz. Melhor então descansarem em paz, já que são mais visíveis e presentes em nossas vidas. Sem fazer força, ditam as modas, os elogios nas redes sociais e os bate-papos de botequim e internet. Que mundo estranho! Os mortos de verdade, os famosos, nunca morrem, porque a tecnologia os torna eternos. A princesa Diana, que se foi em 1996, continua até hoje a receber mensagens de condolências via blogs e afins, como se as condolências tivessem de ser enviadas aos mortos e não aos seus entes queridos vivos.
O ator Heath Ledger, que morreu aos 28 anos em janeiro de 2008 de uma overdose de medicamentos, talvez não tivesse ganhado o Oscar por seu papel como Coringa no filme Batman – o cavaleiro das trevas. sse o astro póstumo. Segundo a revista Forbes, em 2008 ele se tornou um dos grandes milionários post mortem: Ganhou US$ 20 milhões e só perdeu no período para o cantor Elvis Presley (1935-1977), que tem a seu favor os royalties sobre as suas canções, além dos objetos colecionáveis e outros produtos enviados ao mundo inteiro de Graceland, sua antiga mansão em Memphis, Tennessee, hoje convertida em parque temático com lojinha. Quem disse que Elvis não morreu não sabe que sucesso ele faz.
Eis aí o eterno ex-beatle John Lennon – revivido em música por Yoko Ono, que resolveu ressuscitar a Plastic Ono Band. Ele faturou nos últimos meses US$ 9 milhões com as vendas do game The Beatles: Rock Band. Marilyn Moroe continua fazendo sucesso 50 anos depois de sua morte.
Os defuntos entraram com tudo na sociedade do entretenimento. Mais do que nunca, os vivos consomem os mortos, deliciam-se com o sentimento de que sobreviveram a eles, de que ainda estão por aqui para festejar o espetáculo da finitude.Verdadeiramente... Os mortos governam os vivos.
A...