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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

BANDO DE MALANDROS

Bando de malandros, no bom sentido, é claro.
Não me lembro o ano correto, mas foi bem no princípio dos 60.
A mais bem treinada e equipada fanfarra do município e da região, era a do Colégio de Itajubá. A moçada era empolgada e tinha até fã-clube. Era conduzida pelo Emmel (Auto-peças) e o astro na marcação era o Serginho Mohallen, que também era baterista do conjunto musical da cidade.
Pois bem, um pouco antes da "semana da pátria" daquele histórico ano, resolveram formar uma fanfarra (com instrumentos emprestados) para ensair e desfilar com (acredite se quiser), o Colégio das Irmãs, que na época funcionava também com internato.
Imaginem: Uma semana inteira tocando tambor debaixo das centenárias mangueiras, dentro do colégio das freiras, onde não entrava homens nem por reza braba.
Foi o maná, tão somente ficar perto daquela moçada bonita. 
Os rapazes dotados de zero no quesito ufanismo e conhecimento musical se inscreveram na hora.
Apareceram e foram selecionados pelo maestro, hoje, Dr. Rogério Vilela, os quarenta primeiros e entre eles o zelador.
Coube-lhe um estranho tambor, ou surdo, ou algo assim, que teve as evidentes e humilhantes manchas de zinabre, cobertas por uma bandeirola verde e amarela.
Pintado em vermelho no couro do tambor, o nome do proprietário: Club Nova Aurora.
Semana maravilhosa, independente dos calos nas mãos e obrigatoriedade de usar no desfile, calça azul-marinho, com uma fita de cetim branca pregada nas laterais.
A camisa (de manga comprida) era branca.
Pura verdade.
Quem sabe, agora lendo o "viver é perigoso", alguns dos "músicos" se revelem.

ER  

6 comentários:

Anônimo disse...

Ai como tudo era tao lindo...
Ai que saudade...
Agua so de cisterna, esgoto era na fossa, luz so no centro, o pais vivia uma ditadura, nao existia anticoncepcional decente, Lee era marca de luxo, carro bom era landau...

Aldo disse...

aqui tem um desfile de Itajubá, decada de 80. Divirtam-se:
http://youtu.be/y-RmhYW33GM

Anônimo disse...

Camarada la etou eu! Maravilhoso!
Era feliz e não sabia!

Edson Riera disse...

Era feliz e não sabia,

Quem mais estava por lá ? Desconfio do Aldo, do Virgílio, do Luciano Ferrer e outros.

zelador

Walter Bianchi disse...

30 de janeiro-Dia da Saudade
A palavra "saudade" é um exemplo da complexidade da língua portuguesa. Existe, em todas as línguas, um equivalente para essa palavra: "sinto sua falta". Os brasileiros, porém, sabem que sentir falta não é o mesmo que sentir saudade. Dessa forma, é um privilégio haver em nossa língua tão bela palavra, que nos permite materializar tão sublime sentimento.
O objeto da saudade pode ser uma pessoa, um local, ou mesmo ideias e acontecimentos. Sentimos saudades dos amigos, dos parentes, da pessoa amada, de casa, do cachorro, do dia da formatura. Mais do que sentir falta, saudade expressa um sentimento de perda e de satisfação. É uma dualidade, embora difícil de se definir: lamenta-se o que está longe e, ao mesmo tempo, se agradece nostalgicamente por ter estado perto.
Não há como definir a saudade sem apelar à poesia e à emoção. Afinal, saudade é sentimento, e não se pode definir com exatidão e palavras concretas a sua essência. Os poetas brasileiros sempre souberam expressar muito bem a saudade. Gonçalves Dias cantou a saudade da pátria ao escrever, no século XIX, o poema Canção do Exílio, quando estava na Europa:
"Minha terra tem palmeiras, / onde canta o sabiá; / as aves que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá". Casimiro de Abreu, quando teve saudades do Brasil, escreveu um poema também chamado Canção do Exílio: "O país estrangeiro mais belezas / Do que a pátria não tem / [...] Dá que eu veja uma vez o céu da pátria, / O céu do meu Brasil!". Ao recordar a infância em Meus Oito Anos, Casimiro versejou: "Oh! Que saudades que tenho / Da aurora da minha vida, / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!". Cecília Meireles compôs primorosos versos em Murmúrio: "Traze-me um pouco da tua lembrança, / aroma perdido, saudade da flor! / - Vê que nem te digo - esperança! / - Vê que nem sequer sonho - amor !".

Aldo disse...

eu estava filmando, mas essa turminha estava sim. Você também...acho que vi você ao lado do Giffoni garçon e do Teodomiro... O Virginho então está em todas.