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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A ILHA


Pablo Milanés não é indiferente a nada. Nem em Cuba e nem em Miami. Sempre foi assim, porém agora mais. Faltam apenas alguns dias para a sua histórica apresentação no estádio American Airlines Arena, no coração do exílio cubano. Muitas discussões sobre o assunto. Em Cuba, muito silêncio entre as autoridades, face as recentes críticas do artista a falta de liberdade em seu país.
É conhecido o passado revolucionário do autor  de "Yolanda", razão pela qual, os grupos mais extremistas querem proibir ou sabotar o concerto de Milanés.
- "Milanés é um agente ideológico de um governo inimigo e patrocinador do terrorismo e não o queremos na capital e coração do exílio, disse Emílio Izquierdo, coordenador do grupo " Cuban American Patriots and Friends".
Para o congressista republicano David Rivera, de origem cubana, a apresentação é uma afronta a uma comunidade que tem sofrido na carne a perseguição de um regime ditatorial.
Mesmo o prefeito de Miami-Dade, Carlos Jiménez, nascido em Havana, declarou que não está de acordo com o concerto, porém advertiu que legalmente não poderá impedi-lo, uma vez que o estádio Arena é controlado por uma entidade privada.
A temporada de Pablo Milanés, possivel graças a flexibilização da Administração de Barack Obama, começará em 26 de agosto em Washington e um dia depois ele cantará em Miami. Seguirá por outras cidades americanas, terminando no dia 17 de setembro em San Juan -  Puerto Rico. 
É a primeira vez que dos legendários fundadores da "nova canção cubana" leva sua música a capital do exílio
Milanés responde as críticas:
"Não importa as coisas que nos separam. Nos podem separar muitas coisas, entre elas questões ideológicas, porém tem que haver afinal um entendimento entre os cubanos, um entendimento cultural, um entendimento histórico, um entendimento sentimental, e isso , deve expressar-se através da cultura que, parece amim, um veículo idôneo."

El País

Blog: Milanes está abrindo os olhos. Só falta acontecer o mesmo com as "viúvas de Fidel" brasileiras, Lula, Zé Dirceu, Chico Buarque e outros.

ER



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