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segunda-feira, 20 de junho de 2011

MISERÁVEIS ENTRE MISERÁVEIS

JACAREACANGA

Poucos após a posse do governo Juscelino Kubtschek, na noite de 10 de fevereiro de 1956, oficiais da Aeronáutica insatisfeitos, liderados pelo major Haroldo Veloso e pelo capitão José Chaves Lameirão, partiram do Campo de Afonsos, no Rio de Janeiro, instalaram-se na base aérea de Jacareacanga, no sul do Pará, e ali organizaram o seu quartel-general.
Dez dias depois do início da rebelião, os rebeldes já controlavam as localidades de Cachimbo, Belterra, Itaituba e Aragarças, além da cidade de Santarém, contando inclusive com o apoio das populações locais. Haviam recebido também a adesão de mais um oficial da Aeronáutica, o major Paulo Victor da Silva, que fora enviado de Belém para combatê-los.
Apesar de ter sido uma rebelião de pequena monta, o governo encontrou dificuldades para reprimi-la devido à reação de oficiais, sobretudo da Aeronáutica, que se recusavam a participar da repressão aos rebelados. Após 19 dias a rebelião foi afinal controlada pelas tropas legalistas, com a prisão de seu principal líder, o major Haroldo Veloso. Os outros líderes conseguiram escapar e se asilar na Bolívia. Todos os rebelados foram beneficiados pela "anistia ampla e irrestrita", concedida logo depois pelo Congresso, por solicitação do próprio presidente JK.

Após 55 anos da chamanda revolta de Jacareacanga (da qual o zelador se lembra muito bem), a cidade do Estado do Pará, localizada na divisa com Mato Grosso e o Amazonas, volta aos jornais.
O município, que conta hoje com 37.000 habitantes, tem a menor renda média dos extremamente pobres no Estado, de R$ 32,60 mensais por pessoa da família.

No Maranhão está a maior proporção de miseráveis no país. Um em cada quatro moradores vive com renda familiar per capita entre zero e R$ 70,00. Falamos de 1,7 milhão de pessoas, que representam 25,7% da população.

Falta de influência política ? Total e digno de nota.

São de lá os Sarneys. O patriarca, atualmente na presidência do senado, começou como deputado federal em 1954. De lá para cá, apegou-se no poder com impressionante determinação. Já foi governador, senador (hoje o é pelo Amapá) e devido a um acidente de percurso, Presidente da República.

Seus filhos, Roseana (atual governadora) e Sarney Filho, também vivem da política. Quem cuida dos bens da família, é o empresário Fernando.

São donos de Rede de Jornais, retransmissoras de TV (Globo), rádios, ilhas e, penso eu, do pensamento de muita gente.

Com tanto poder nas mãos, o Tiririca teria tirado o seu Estado do mapa de semi-fragelados. O Estado do Maranhão, em todos os aspectos vai de mal a pior. A família que exerce seu domínio há 60 anos, vai bem.

Precisamos ter cuidado ao afirmar que falta influência política para defender os interesses da nossa terrinha.

Triste história.

ER   





2 comentários:

Aldo disse...

O Sarney não é PT, mas é seu Golbery. O cara se preocupa somente em descontruir o pais, fazendo com que ele volte a 1500 quando então ele poderá escravizar de vez os índios, nós, bobos e submissos. Agora, ou o cara não sabe que vai morrer daqui a pouco, pois está no fim do pito, ou então é mesmo o anti-Cristo, o filho do capeta e então vai viver eternamente, queimando no inferno. E está atrasado. Não tem ninguém para lhe lembrar isso, ou despacha-lo?

Anônimo disse...

Isso é COMPETENCIA do Sarney e familia e assim é no Brasil, mesma coisa na Bahia, MG, RJ etc, manda quem pode obedece quem tem juizo.
Aqui na terrinha o problema é que tem uma meia duzia de caciques querendo tudo, inclusive o Tião Riera do PMDB o nosso Sarney!
Ou to errado?

Itajubense