A maneira como lidamos com a morte é cultural. Em alguns países, este momento é temido e, em outros, comemorado.
Na minha casa, a morte nunca foi um tabu, como é em muitas. Viemos morar em Itajubá quando eu tinha 3 anos e, desde então, fomos vizinhos do cemitério.
Tão temido por tantos, mas é o local mais ecumênico da cidade, onde não impera classes sociais e econômicas, nem há diferenças entre credos e crenças. Pode até haver uma tentativa de edificações mais glamurosas que outras… mas, ali, o fim de todos é igual.
Hoje levei Ivan para conhecer o cemitério que foi meu vizinho por tantos anos, e até meu local preferido para aventuras na infância.
Ele viu o túmulo da vovó Jô, seus bisavós maternos e até do seu tataravô paterno.
Há quem tente afastar da criança este tipo de assunto ou local… porém, aqui em casa, tratamos com naturalidade que o assunto merece. Afinal, é o destino de todos e apenas o recomeço da vida na casa do Pai, para a qual realmente pertencemos.
Estamos aqui de passagem, para aprendizado… e hoje meu menino aprendeu que ali descansam os corpos que, em vida, buscaram fazer diferença neste mundo… mas que nossos corações voltam pra onde viemos!
Bianca Casarini
Viver é Perigoso
3 comentários:
Eu heim....🙄
A "vida" dos mortos é a memória dos vivos.
Parabéns, ótimo texto.
Observador de Cena
Completaria o texto da Rita
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