SEM CENSO

Para que serve o censo.

Busca entender quem somos, onde estamos e como vivemos gerando informações essenciais para o planejamento público e privado da década seguinte. 

O Censo contribui para obter as tendências de nascimentos e mortes para a elaboração de estimativas populacionais; conhecer a população residente, de modo a embasar a formulação de políticas públicas; subsidiar a distribuição da verba federal para municípios de acordo com a população de cada cidade; balizar pesquisas acadêmicas, levantamentos jornalísticos, estratégias da iniciativa privada, como moramos, como vivemos, temos saneamento? e vão por aí, coisas importantes para qualquer gestor público com o mínimo de noção de planejamento e estratégias para cuidar dos seus conterrâneos.

Não é que hoje descobrimos que podemos ter sérios problemas com os números do censo de 2022/23. Lembrando, o censo que ocorreria em 2020 foi cancelado por causa da pandemia. A partir de 2021 no desgoverno Bolsonaro verbas do IBGE foram cortadas impossibilitando a execução programada para 2022. 

O STF teve que entrar e obrigar o governo a realizá-lo em 2022. Kássio Nunes Marques (lembram)o único a voar contra alegando que o censo não era fundamental. Argh! 

Mesmo assim cortes continuaram a ponto de se diminuir as perguntas para reduzir custos. Até o recrutamento de recenseadores quase que não sai. Bem na linha do pensamento do presidente de então que nunca gostou de estudos, da ciência e da tecnologia.

Os números vazados ontem (13) mostraram que “diminuímos” em 3 milhões de patrícios!

Confirmados os números as consequências são óbvias para o planejamento, mas salta aos olhos uma: a diminuição dos repasses federais para mais de 700 municípios vai acontecer.

Prefeitos de pequenas cidades estão em polvorosa. Alguns estão contratando gente para pesquisar e contestar os números do IBGE. 

O TCU usa os números de censo para definir quais e quanto cada município receberá dos 22,5% dos IR + IPI do governo federal. Para os pequenos sem renda própria o dinheiro é fundamental.

Uma das razões apontadas pelo “erro” ou “sumiço” está sendo atribuído a bagunça proposital do governo anterior com o cadastramento dos postulantes ao Auxilio Brasil hoje Bolsa Família. Em mais uma ação eminentemente eleitoreira foi “permitido” que mais de uma pessoa por família se cadastrasse para receber o Auxílio. Falam em 6 milhões os pagamentos irregulares sob investigação sendo que 1,5 milhão já foi suspenso. 

Mas por que isso é importante para o censo? Porque agora nas pesquisas do censo já realizadas um contingente expressivo dessas pessoas mentiu sobre o números de familiares com medo de algum tipo de cruzamento de dados e outras verificações.Também foram usadas alegações de não ter ninguém nos domicílios e que seriam de "uso ocasional" (férias, veraneios) em áreas muito pobres por exemplo. de novo mentiram com medo do prejuízo.

Mais uma das ações típicas de 4 anos da República das Bananas e de quem erradamente escolhemos em 2018. 

Como diria o mestre Brazil, zil, zil ...

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