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sábado, 8 de abril de 2023

ROLETA CHILENA



Assisti na Netflix o filme argentino "1976". Os argentinos estão fazendo ótimos filmes, mostrando com coragem e objetividade os tristes períodos de ditadura na América do Sul. No caso do "1976", mostram um pouco da ditadura Pinochet.

Depois de certa idade a gente começa a lembrar e observar concidências acontecidas no decorrer da caminhada.

Muito antes do boom dos vinhos chilenos, tinha (e tenho) admiração pelo País vizinho. Mesmo sem qualquer admiração pelo governo de esquerda do Salvador Allende.

No início dos anos 60 chamava a minha atenção de adolescente, o técnico da seleção chilena de futebol, Fernando Riera. Imaginava um grau de parentesco nunca confirmado.

Acompanhava a vida chilena através dos informes dos exilados políticos brasileiros que lá viviam e claro, pelos escritos do Pablo Neruda e a música de Violeta Parra.

Conheci pessoalmente em Manaus o poeta brasileiro, que viveu no Chile. Thiago de Mello, sim, o criador do "Estatuto do Homem" e do "Faz escuro mas eu canto".

Acontecimentos: A Sonia e eu, juntamos os panos no dia em que foi noticiado a queda e o assassinato do Allende (12 de setembro de 1973). Em São Paulo (76/77) morava no apartamento ao lado, um engenheiro chileno, de cuja família desfrutamos da amizade. Discretamente falávamos de política. Morando em Manaus (78 a 82), tivemos vizinhos da casa ao lado, um economista chileno. Os amigos e eu, tinhamos a mesma idade e pensamentos próximos.

Pois é...o título do post foi tirado do livro "Roleta Chilena", do Alfredo Sirkis (tomou o barco em 2020 num acidente de carro), que foi um jovem estudante que vivia exilado no Chile, quando da queda do Allende.

É a vida...

Viver é Perigoso

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