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sexta-feira, 14 de abril de 2023

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO


Bilionários Nazistas: A Tenebrosa História das Dinastias Mais Ricas da Alemanha - David de Jong - Editora Objetiva (397 páginas). Trata-se de uma envolvente obra de não ficção narrativa, cujos personagens e feitos parecem saídos de um livro de ficção. Infelizmente, não são.

Infame galeria de magnatas que apoiaram o nazismo e se beneficiaram de seus crimes.

O autor escreve sobre cinco famílias, que foram escolhidas porque continuam relevantes nos negócios globais e estão entre as mais ricas e influentes no mundo todo.

As duas primeiras são a dinastia Quandt - um de seus ramos controla a BMW, e a Flick, dona do maior conglomerado de indústrias de aço, carvão e armas da Alemanha nazista durante o Terceiro Reich. Friedrich Flick foi o único entre os personagens do livro condenado no Tribunal de Nuremberg. Depois foi liberado e em uma década estava de volta ao topo do controle da Daimler-Benz.

A terceira família é a Von Fink, que cofundou a Allianz e Munich Re, duas das maiores seguradoras de hoje e de um banco privado chamado Von Fink. Os Flick e os Von Fink, hoje, apenas investem seu dinheiro, não têm uma empresa.

A quarta família é Porsche, que controla os grupos Porsche e Volkswagen, que inclui, também, Audi, Lamborghini, Bentley.

A última é a Oetker, controladora de conglomerados de panificação, hotéis de luxo, navegação, produtores de cerveja.

Impressionante o nível de envolvimento dessas famílias e dos negócios alemães como um todo com o Terceiro Reich, com o Holocausto e com o regime nazista e como eles se beneficiaram da exploração massiva do trabalho forçado e escravo e da expropriação dos negócios que pertenciam aos judeus na Alemanha e nos territórios ocupados.

Segundo o autor, essas pessoas, em sua maioria, eram oportunistas - e não nazistas. Já era uma gente muito rica antes de Hitler. Mas estavam saindo da Grande Depressão e queriam proteger suas fortunas e seus negócios. Hitler prometeu que eles se beneficiariam do programa de rearmamento que estava iniciando. E entregou o que prometeu. Não foi uma decisão ideológica apoiar Hitler. Foi uma decisão comercial. Mas, claro, tudo virou um comportamento criminoso.

Viver é Perigoso



Um comentário:

Anônimo disse...

Ida a China, rescaldo
1-Sem dúvida muita pompa chinesa e o trem da alegria brasileiro. Levar o Stedile do MST foi um erro monumental na hora em que invasões aumentaram. Chamado Abril vermelho.
2-Fica claro pelas declarações que o governo Lula escolheu um lado. O lado do Putin e da China, não da Ucrânia e de Taiwan. Chegou a dizer a besteira que os EEUU devem parar de estimular a guerra. Cabe a pergunta: quem invadiu quem mesmo? Comparando a viagem de 09/02 para o Irmão do Norte tudo fica muito evidente.
3- Não se diz diplomaticamente mas USA e UE não gostaram da visita à China e dos resultados apesar da amaciada de Lula no último dia.
4-Nem tudo é ruím, acordos importantes foram assinados, como o do setor de carnes,recursos para o BNDES e tecnologia de satélites para monitoramento ambiental, mas o mais importante, o da venda de 20 jatos da Embraer não se consumou. Quase 40 anos que a empresa não vende nada para a China.
5- A história de abandonar o dólar como moeda nas trocas internacionais foi mais uma daquelas
bobagens de quem não tinha muita coisa para dizer.
6- O comunicado conjunto foi uma peça com 90% de imposições chinesas.
7- Um assunto doméstico repartiu as manchetes: a taxação de compras dos sites Shopee e Shein. Até a Janja se envolveu e mal.
Mercado-Lógico