O que não pode faltar num banco é dinheiro
Atenção: Não se trata de filme ou série da Netflix (por enquanto)
O Silicon Valley Bank, instituição financeira de alguns dos maiores nomes do mundo da tecnologia, tornou-se nesta sexta-feira (10) o maior banco americano a falir desde a crise financeira de 2008.
Foi um desfecho extraordinário, menos de dois dias depois de o banco ter chocado Wall Street e seus correntistas com medidas emergenciais para levantar dinheiro e evitar um clolapso, diante de pedidos de retirada de recursos por parte dos clientes e de um declínio vertiginoso no valor de seus investimentos.
O movimento colocou quase US$ 175 bilhões em depósitos de clientes, incluindo dinheiro de alguns dos maiores nomes do mundo da tecnologia, sob o controle da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC).
A FDIC, instituição que tem por função garantir os depósitos bancários dos EUA, criou um novo banco, o National Bank of Santa Clara, para manter os depósitos e outros ativos do SVB. Em comunicado à imprensa, foi informado que a nova entidade estaria operando na segunda-feira e que os cheques emitidos pelo antigo banco continuariam a ser compensados.
Mas para os clientes com depósitos totalizando mais de US$ 250 mil, a notícia foi sombria. Clientes com contas que ultrapassam esse valor - o máximo coberto pelo FDIC - receberiam certificados de seus recursos, o que significa que eles estariam entre os primeiros a serem pagos - embora potencialmente apenas parcialmente - com fundos recuperados enquanto o FDIC mantém o Silicon Valley Bank em concordata.
Mas talvez a preocupação mais imediata dos investidores seja a possibilidade de que outros bancos enfrentem seus próprios problemas.
(Net)
Blog: Preocupação geral com as reações possíveis, inclusive, por estas bandas, na segunda feira (13).
Viver é Perigoso
Um comentário:
Pois é zelador uma crise bancária normalmente não se resume a uma instituição só e na maioria das vezes afeta até outros países ainda mais coincidindo com uma sexta feira 13. Lembrando que temos já por aqui um princípio de crise financeira que começou com a falência das Americanas. Bancos estão tremendamente seletivos para a concessão de créditos para empresas. Somam-se a isso os juros muito altos nos empréstimos, também por causa da Selic de 13,75%. Lembrando que como escrevemos outro dia que as taxas reais de empréstimos para empresas beiram no mínimo o dobro da taxa Selic. Cria-se então para o governante o dilema: baixar a Selic para melhorar o cenário creditício e perder o controle da inflação vale a pena? Basicamente o combate a inflação passa pelo política monetária (BC) e política fiscal (governo). Uma saída talvez mais racional seria liberar um pouco o depósito compulsório que são aqueles recursos dos depósitos a vista que os bancos são obrigados a deixar no BC. Hoje está em 20 %. Uma queda de 3% injetaria uns 45 bi na economia. Mercado-Lógico
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