Arcabouço Fiscal
Saiu um pouco diferente do que imaginávamos mas foi sem dúvida uma vitória da equipe da Fazenda. Conseguiram um feito de pelo menos manter, o segredo por muitos dias. Tanto é que o mercado reagiu bem. Bolsa subiu e dólar caiu.
O que mais chama atenção são dois pontos:
1- as bandas para o déficit público ou resultado primário
2- um piso para o crescimento das despesas mesmo em épocas de baixa arrecadação.
Vamos ver como ficará depois de apresentado o texto do Projeto de Lei ao Congresso e se os notáveis parlamentares não colocarão nenhum “jabuti” que comprometa o todo.
Não falam em aumento de impostos (alíquotas) nem em criação de novos (CPMF por ex.), mas uma coisa é certa: quem não paga ou paga pouco vai ser chamado a contribuir.
No segundo semestre teremos outra discussão importantíssima: a Reforma Fiscal.
Promete colocar o Brasil inserido no mundo que cobra Imposto sobre Valor Agregado, IVA acabando com a balbúrdia que é o ICMS que inviabiliza novos investimentos e onera demais as empresas tendo quase uma legislação específica para cada uma das 27 unidades federativas.
Talvez ainda junto uma correção na tabela do IR, promessa de campanha e “sonho de consumo” da classe média.
Juntando isso a mudança em relação ao mundo com a inserção do país de novo no cenário internacional, preocupação com o Meio Ambiente, relação harmônica com os Poderes e preferências políticas a parte, enfim um mínimo de governabilidade.
Mercado-Lógico
Blog: Será um avanço, mas continuo sonhando com a "mãe de todas as reformas": a política.
Viver é Perigoso
Um comentário:
Nesses próximos 4 anos outra reforma importante que não sai é a Administrativa dada a ligação histórica do PT com o funcionalismo público.
Bolsonaro poderia ter feito mas como sempre falhou também nessa.
Já uma a Reforma Política proposta e votada pelos políticos?
Sonho também mas não sai.
A única coisa boa que fizeram nos últimos anos (2017) foi a Cláusula de Barreira/Desempenho e o fim das coligações para eleições proporcionais.
Que contribuem para diminuir o número de partidos e dar alguma coerência partidária.
Ao mesmo tempo criaram o fundão eleitoral.
Fora disso eles não querem que mude nada.
Observador de Cena
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