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domingo, 5 de fevereiro de 2023

DISSONÂNCIA COGNITIVA


Em 1954, uma “profeta” e dona de casa do Michigan, Dorothy Martin, previu que uma nave espacial levaria ela e seus seguidores para fora do planeta, pois a Terra seria inundada. Precisamente no dia 21 de dezembro daquele ano, Deus teria avisado apenas a ela.

Então Dorothy e seus discípulos largaram suas posses e suas famílias para esperar o resgate.

Como a história era pública, psicólogos e pesquisadores chefiados por Leon Festinger se infiltraram no grupo para observar a reação dos crentes quando a profecia não ocorresse. Estavam justamente estudando como as crenças se transformam quando a realidade se impõe.

Quando a nave não chegou, os membros da seita concluíram que as orações deles teriam sido tão eficazes que impediram a destruição do planeta. Por isso a nave não foi necessária.

Ou seja, o pensamento mítico, tanto como o pensamento paranoico, nunca é vencido. A experiência contrária, não só afunda a tese, como a reforça.

Sujeitos emocionalmente envolvidos com sua crenças não abrem mão do sistema que usam, eles torcem os fatos para encaixar na teoria prévia. Por isso, há o conceito de dissonância cognitiva, a diferença daquilo que ocorre e como isso é entendido pelas pessoas.

Mário Corso / Zero Hora

Viver é Perigoso

3 comentários:

Anônimo disse...

Pois é por aqui tivemos algo semelhante depois do 2º turno. Bolsonaristas pedem ‘socorro’ com luzes dos celulares a ETs em Porto Alegre. Só não sabemos qual desculpa foi dada. Evidente que os Ets. não atenderam. Ave Maria!

Anônimo disse...

E o diagnóstico da alienação continua, General Richard Nunes comandante militar do Nordeste vítima de ataques dos bolsonaristas, segundo eles, por não ter aderido a loucura do golpe, criou o acrônimo PSIC - para falar do ambiente informacional no mundo contemporâneo, que seria caracterizado por"precipitação, superficialidade, imediatismo e conturbação".
A precipitação, diz Nunes, é marca típica desse ambiento repleto de fake news, "onde se disparam e replicam mensagens sem a menor preocupação com a veracidade dos fatos e a idoneidade das fontes".
Está lá para quem quiser ler. Blog do Exército - https://eblog.eb.mil.br/

Anônimo disse...

cont. A superficialidade destoa da atividade militar, que é, por natureza, grave e complexa, afirma. Tratar o emprego do Exército com base em "análises simplórias de 'especialistas' de ocasião é o caminho mais seguro para se chegar a concepções inoportunas, parciais e ineficazes", escreve Nunes.