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sexta-feira, 15 de julho de 2022

ONDE OS BRAVOS SE ENCONTRAVAM


Todos sabem que os bravos se encontravam era na esquina da Maria Carneiro com a Miguel Braga. Mas conhecida como a esquina do Café Hélio. 

Onde de tudo acontecia das 18 às 24 horas.

Respeito total para com as moças da Boa Vista e Avenida que por lá passavam, indo e voltando do centro.

Canequinha, depois Pinguim, o próprio Café Hélio, Cine Paratodos, Bilhares, Sedes de Clubes locais onde corria solto o carteado, Um pouco adiante o Clube Operário. Setor famoso pela boemia.

Calçada da Loja do Japonês (Fukaiama), dominado pelos "marreteiros". Comércio em alto nível de trocas.

Amores, navalhadas, boleros, batom, purpurina, rabo-de arraia, valentes e mulheres temidas.

Local evitado pela própria polícia. 

Novatos não eram bem vindos. Pessoal da alta, nem pensar. Os namorados da moças da Boa Vista e Avenida, vinham buscar as namoradas antes do cair da noite. Retornar com as meninas dos passeios no jardinzão e sessões de cinema no Alvorada, Presidente e Apollo, sem problemas.

A coisa complicava era na volta sozinho e passar pelo Café Hélio.  Os jovens prudentes retornavam dando volta pela Vila Izabel, saindo no Morro Chic, ou pela rodovia saindo lá pelos lados do mercado.

Dores de cotovelo, paixões não correspondidas, tacos de bilhar, funcionários da fábrica de tecidos planejando greves.

Hoje, passando pelo local, no mesmo ponto, um certo espanto. O Café Hélio foi substituído pela "Stylo´s - Moda.

Imaginando o Bolão, Jerônimo, Filhinho, Fumaça, Macumba, Ditão, Lobisomem, Miguelão, Gaúcho, marcando um encontro nos dias de hoje:

Ei Cara ! Vamos acertar os ponteiros hoje à noite em frente a Stylo´s.

Definitivamente, não dá.

Viver é Perigoso     

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