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segunda-feira, 27 de junho de 2022

POIS É ...



A disputa pelo lucrativo mercado de cursos de Medicina chegou ao Supremo, provocando um racha entre instituições privadas de ensino superior. 

Em jogo, a abertura de um mercado bilionário que tem as mensalidades mais caras do ensino privado, na casa dos R$ 7 mil a R$ 12 mil, e que está num limbo regulatório desde 2018, quando o Ministério da Educação proibiu, por cinco anos, a abertura de novas vagas por meio de editais do Mais Médicos.

A Anup (Associação Nacional de Universidades Privadas) — que tem entre seus principais associados a Afya (Faculdade de Itajubá), Cogna/Kroton e YDUQS, defende a retomada dos editais do Mais Médicos, restringindo as vagas para municípios específicos, enquanto a grande maioria das entidades de ensino privada, representada em outras associações como Anaceu e Abrafi, defende a reabertura dos protocolos do MEC — sem restrições que não seja de qualidade dentro dos processos avaliativos existentes no ministério, como estabelecido na Constituição.

A ação da Anup — entidade presidida por Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia — conta com apoio das entidades de classe médicas e da bancada da Medicina no Congresso e surpreendeu até mesmo associados da própria Anup pela celeridade. 

A entidade convocou os associados no dia 3 de junho para uma assembleia no dia 6 para deliberar sobre entrar ou não com a ação no Supremo. No dia 8, o pedido de liminar, com 59 páginas assinado pelo escritório de advocacia de Sergio Bermudes, já estava protocolado no STF. A demanda foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes, que ainda não se manifestou.

Desde o início do ano, três entidades de ensino superior conseguiram liminares para obrigar o MEC a avaliar pedidos de abertura de 403 vagas. Entre elas, a UniFTC, da Bahia, recém adquirida pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, e que obteve o direito de solicitar 199 vagas adicionais para seu campus em Feira de Santana, onde uma mensalidade custa R$ 11,2 mil. O Centro Universitário Dom Bosco, de São Luiz, conseguiu o direito a solicitar a abertura de 84 vagas. E a Sociedade Rondoniense de Ensino Superior Dr. Aparício Carvalho de Moraes, de 120 vagas. (O Globo)

Viver é Perigoso

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