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terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

SEMANA DE ARTE MODERNA

Zina Aita - Retrato - 1920 (Belo Horizonte)

Dois anos antes da Semana de Arte Moderna de 1922, a moça cosmopolita gerava polêmica na conservadora Belo Horizonte, que estranhou sua exposição de pinturas no Conselho Deliberativo, na esquina de Rua da Bahia com Av. Augusto de Lima.

Um dos quadros, "Retrato", trazia, em cores fortes, o rosto de um garoto. Caçoaram da moça. A imprensa ressaltou-lhe a originalidade, mas a acusou de usar cores “bizarras” para “ferir” a vista do público.

Em 13 de fevereiro de 1922, uma garota belo-horizontina ajudou a fazer história. Tereza Aita estava entre os artistas plásticos, intelectuais e escritores que chocaram o Brasil ao pregar a ruptura com o passado durante a Semana de Arte Moderna em São Paulo.

Zina Aita tinha pouco mais de 20 anos. Seu quadro " um grupo de trabalhadores na labuta, sob a imensa e opressiva sombra do feitor " foi exposto pertinho das obras de Di Cavalcanti e de Anita Malfatti. A única mineira naquele ninho modernista.


Tereza Aita, simplesmente Zina Aita, nasceu em Belo Horizonte em 1900. Pintora, ceramista e desenhista estudou na Itália de 1914 ate1918. De volta, tornou-se amiga de Anita Malfati e do escritor Mario de Andrade. Realizou a primeira mostra individual em Belo Horizonte, em 1920, sendo considerada precursora do modernismo em Minas Gerais. Participa da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922. Em 1924, mudou-se Nápoles, na Itália, onde dirige uma fábrica de cerâmica.

Zina tomou o barco em Nápoles em 1967.

Viver é Perigoso

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