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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

CARTA QUE RECEBI



Marmelópolis, 16 de janeiro de 2022

Ref.: Vaidade das Vaidades

Amigo,
Confesso
Tenho um pecado imperdoável
Capital
O da vaidade
Não a vaidade das roupas de grife
Ou da posse de bens e riquezas
Ou do desfile com uma bela mulher
Por ruas e praças
A pé ou num carro de luxo.
Não a vaidade da posse de uma casa cobiçada
Isso é soberba.
Ou seriam apenas pequenas vaidades!
Minha vaidade é muito maior
Imensurável
A vaidade de escrever por diletantismo.
Não faz parte da fogueira das vaidades intelectuais
Ela não queima.
Ela ilumina a ponta de meus dedos
A folhear páginas,
Os meus olhos
A devorar palavras escorrendo pelas linhas
Que se distribuem por dezenas de páginas.
Minha vaidade está na estante
De uma biblioteca pública ou particular.
Está no expositor de uma livraria real ou virtual.
Minha vaidade é um livro-papel
Ou um e-book
Escrito por mim
Se lido ou não, não importa.
Do meu sofá fico a observar esses filhos
Na minha estante da sala.
Abro um sorriso imenso
Me sinto feliz: o mais vaidoso dos homens!
Sem soberba.
(É pecado ser vaidoso?)

Professor Sérgio Roberto Costa

Viver é Perigoso

2 comentários:

Sérgio Roberto Costa disse...

Edson, boa tarde. Obrigado por ter postado meu poema como se fosse uma carta a vc endereçada. Nós que escrevemos, sabemos o valor dessa vaidade das vaidades. Grande abraço

Edson Riera disse...

Caro Professor

Um abraço.

Zelador