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domingo, 7 de novembro de 2021

SINGRANDO OS MARES



Um dos mais famosos barcos de pesquisas marítimas do mundo, o veleiro Tara, da fundação francesa Tara Océane, está em exibição no Rio de Janeiro desde a última quinta-feira, e assim ficará até o dia 11, quando seguirá adiante na longa viagem que vem fazendo pelo Oceano Atlântico há mais de um ano.

O lindo barco tem história.

Em 7 de dezembro de 2001, quando fazia uma expedição ecológica pelos rios da Amazônia, este mesmo barco, na época chamado Sea Master, foi invadido por bandidos armados quando estava ancorado no litoral do Amapá e o resultado foi a trágica morte do seu então dono, o lendário velejador neozelandês Peter Blake, um dos maiores nomes da vela mundial e principal ídolo esportivo da Nova Zelândia. 

Blake, que havia abandonado as regatas para se dedicar às pesquisas ecológicas nos mares do planeta, reagiu ao assalto e foi morto por um dos bandidos, dentro do próprio barco. A morte absurda de Peter Blake chocou o mundo e gerou enormes constrangimentos .

Blake havia vencido a regata de volta ao mundo Whitbread de 1989/1990, era o recordista do Troféu Júlio Verne, para quem rodeasse o planeta navegando em menos tempo, vencera por duas vezes as famosas regatas Fastnet (em 1979 e 1989) e Sydney Hobart (em 1980 e 1984), e, mais relevante que tudo, conduzira, em duas ocasiões, a equipe da Nova Zelândia à vitória na mais tradicional competição a vela da História, a America´s Cup – na primeira delas, em 1995, quebrando uma hegemonia de 144 anos dos 144 americanos, que jamais haviam sido derrotados naquela competição.

Viver é Perigoso

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