Todos sabem que o Panteão de Paris é um monumento em estilo neoclássico situado no Quartier Latin. É uma necrópole secular dos "grandes homens e mulheres", cuja memória a pátria francesa quer homenagear.
Entre 80 personagens, encontram-se no Panteão (ou têm um memorial) políticos, escritores, cientistas, militares e religiosos.
Lá está gravado com todo o destaque: “Aux grands hommes, la patrie reconnaissante” - Aos grandes homens, a pátria é grata.
Anunciado pelo governo francês, que a cantora e dançarina americana Joséphine Baker vai se tornar a primeira mulher negra da história a ser enterrada no Panteão de Paris.
Freda Josephine Baker, simplesmente Josephine Baker, nasceu em Saint Louis em 1906. Foi uma cantora e dançarina norte-americana, naturalizada francesa em 1937. Vedete do teatro revista, Josephine Baker é geralmente considerada como a primeira grande estrela negra das artes cênicas.
Começou sua carreira ainda criança, como artista de rua, dançando. Participou de espetáculos de vaudeville de St. Louis Chorus, aos quinze anos de idade. Atuou em Nova York, em alguns espetáculos da Broadway, em 1921 e 1924.
Em 2 de outubro de 1925, estreou em Paris, no Théâtre des Champs-Élysées, fazendo imediato sucesso e tornando-se a estrela da Folies Bergère.
Durante a Segunda Guerra Mundial, teve um papel importante na resistência à ocupação, atuando como espiã. Depois da guerra, foi condecorada com a Cruz de Guerra das Forças Armadas Francesas e a Medalha da Resistência. Recebeu também, do presidente Charles de Gaulle, o grau de Cavaleiro da Legião de Honra.
Nos anos 1950, usou sua grande popularidade na luta contra o racismo e pela emancipação dos negros, apoiando o Movimento dos Direitos Civis de Martin Luther King.
Joséphine Baker tomou o barco em 1975 e repousa em em Mônaco.
Fará companhia, entre outros, a Dumas, Malraux, Diderot, Zola, Rousseau, Monnet, Marie e Pierre Curie, Descartes, Victor Hugo, Voltaire e Saint-Exupéry.
Viver é Perigoso
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