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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

CORRIGINDO

Tito de Alencar Lima

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou,ontem (25) Projeto de Lei 243, de abril de 2013, mudando o nome da Rua Sérgio Fleury, na Vila Leopoldina (zona oeste), para Frei Tito.

O texto vai para análise do Executivo.

Para (os poucos) que estão chegando agora:

Sérgio Fernando Paranhos Fleury atuou como delegado do Dops durante a ditadura militar, mais precisamente a partir de 1968. É considerado um dos repressores mais notáveis do período. Fleury conduziu o esquadrão da morte que agia em São Paulo e participava pessoalmente das sessões de tortura de presos políticos em São Paulo no final dos anos 60.

Fleury morreu em 1979, num suposto acidente em Ilhabela, no litoral de São Paulo, a bordo de seu iate.

O frei dominicano Tito de Alencar Lima, que agora será homenageado na Vila Leopoldina, foi um dos precursores da Teologia da Libertação no Brasil, onde parte da Igreja, impulsionada pelo Concílio Vaticano II, alinhou sua luta com as lutas sociais em prol da vida da população mais pobre.

Militante do movimento estudantil, Tito participou de várias manifestações contra a ditadura de 1964 e, mesmo após o exílio, dedicou sua vida a denunciar as crueldades que pairavam pelo Brasil naquela época. Preso por Fleury e torturado pela “equipe” de carrascos orientados pelo delegado, que também era admirador de Ustra, Tito teria recebido choques elétricos na língua. Frei Tito foi encontrado enforcado no dia 10 de agosto de 1974, durante seu exílio na França.

Também em 2009, a Câmara Municipal de São Carlos aprovou por unanimidade a substituição do nome da rua de dois quarteirões no bairro Vila Marina, zona norte da cidade, que leva o nome do delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury, que chefiou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) na ditadura militar.

A via que levava o nome do delegado torturador há 20 anos passou-se a chamar Dom Hélder Pessoa Câmara, um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999, reconhecido defensor dos direitos humanos, combatente da ditadura e indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz.

Viver é Perigoso

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