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sábado, 10 de julho de 2021

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO


"Três milionários estão sentados em um bar. Depois de beber um pouco de uísque, eles começam a se animar e a cantar a música mais marcante de sua juventude: a Internacional Socialista.'

Eric Hobsbawm

Eric John Ernest Hobsbawm, historiador britânico reconhecido como um importante nome da intelectualidade do século XX. Talvez o mais lido historiador do mundo. Rigor analítico, elegância estilística, vivacidade interpretativa e detalhes interessantes. Só no Brasil as vendas de seus livros chegaram a quase 1 milhão de exemplares.

Nascido no Egito em 1917, ainda sob dominação britânica, teve, por isso, a nacionalidade britânica.

Seu pai morreu em 1929, e sua mãe em 1931. Ele e sua irmã foram adotados pela tia materna, Gretl, e por seu tio paterno, Sydney. A família mudou-se para Londres em 1933.

Tornou-se militante político de esquerda e, em 1936, ingressou no Partido Comunista da Grã-Bretanha, no qual permaneceu até seu falecimento, em 2012.

Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu ao Exército Britânico. No início da guerra, fez parte de uma divisão que cavava trincheiras no litoral do país. Posteriormente, foi responsável por trabalhos de inteligência, pois dominava quatro idiomas.

Com o fim da guerra, Hobsbawm retornou à Universidade de Cambridge para concluir o doutorado. Também nessa época juntou-se a alguns colegas e formou o Grupo de Historiadores do Partido Comunista.

Ao contrário dos outros membros do grupo, que ficaram contra o Partido Comunista desde 1956 (após a invasão soviética da Hungria), Hobsbawm continuou sendo membro do partido até o colapso da União Soviética.

Hobsbawm diria  posteriormente ao New York Times, numa entrevista de 2003:

"Eu não queria romper com a tradição que era a minha vida e com o que eu pensava quando me envolvi com ela. Ainda acho que era uma grande causa, a causa da emancipação da humanidade. Talvez nós tenhamos ido pelo caminho errado, talvez tenhamos montado o cavalo errado, mas você tem de permanecer na corrida, caso contrário, a vida não vale a pena ser vivida"

Publicou estudos importantes, como Era das Revoluções (1789-1848), A Era do Capital (1848-1875) e A Era dos Impérios (1875-1914). Seu livro Era dos Extremos, lançado em 1994, na Inglaterra, tornou-se uma das obras mais lidas e indicadas sobre a história recente da humanidade. Nela, o historiador analisa o período que vai de 1917 - fim da Primeira Guerra Mundial e ano da Revolução Russa -  até 1991, com o colapso da União Soviética e o fim dos regimes socialistas no Leste Europeu.

Também importante no conjunto de sua obra é seu livro , Tempos Interessantes, publicado em 2002, no qual discorre novamente sobre o século XX e relaciona fatos históricos com sua trajetória de vida, sendo por isso considerado como uma obra autobiográfica.

Foi membro da Academia Britânica e da Academia Americana de Artes e Ciências. Foi também professor de História no Birkbeck College 9Universidade de Londres) e da New School for Social Research de Nova York.

Tomou o barco em 1° de outubro de 2012, no hospital Free Royal de Londres.

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Essas pessoas ficam para a história pela coerência. O que ele diria hoje se ousasse escrever sobre a Era dos Extremos principalmente aqui na republica das bananas.
Falando em extremos vem a tona a semana que passou com as falas extremas do Jair e os trancos que levou. Infelizmente está completamente perdido. Sem esquecer do desastre na condução da pandemia, preocupa a condução da educação. Em vez de escolher um técnico, planejador para recuperar o tempo perdido das nossas crianças e jovens, tivemos uma escolha errada baseada no conservadorismo e na religião. Diagnósticos errados levam a decisões erradas e comprometerão uma geração.
Outra coisa ruim é a percepção. Datafolha: Para 70% dos brasileiros, há corrupção no governo de Jair Bolsonaro. Pesquisa mostra que 63% acham que há malfeitos na Saúde, e 64%, que presidente sabia deles. Logo ele que veio com a bandeira da moralidade, nomeou o Moro e depois se perdeu. 'A mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta". O pior é que estamos sem esperanças de mudanças; teimosia e despreparo levados ao extremo abrindo caminho para Lula. Observador de Cena