Dias antes do primeiro foguete ser disparado de Gaza na semana passada, um esquadrão de policiais israelenses entrou na mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém e cortou cabos dos alto-falantes que transmitiriam orações aos fiéis de quatro minaretes medievais.
Era a noite de 13 de abril, o primeiro dia do mês sagrado do Ramadã. Era também o Dia da Memória em Israel, que homenageia aqueles que morreram lutando pelo país.
O presidente israelense Reuven Rivlin, fazia um discurso no Muro das Lamentações, local sagrado judaico que fica abaixo da mesquita e as autoridades israelenses temiam que as orações o abafassem.
A batida policial em um dos locais mais sagrados do Islã foi uma das várias ações que levaram, menos de um mês depois, à repentina retomada da guerra entre Israel e Hamas. O incidente com o alto-falante foi seguido por uma decisão da polícia de fechar uma praça popular fora do Portão de Damasco. Os jovens palestinos geralmente se reúnem ali à noite durante o Ramadã.
Já no dia 7 de maio, policiais israelense promoveram uma batida na mesquita de Al-Aqsa, com gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha. Os palestinos revidaram com pedras.
Outra disputa aconteceu no dia 10 de maio - Dia de Jerusalém, com nacionalistas judeus marchando pelo bairro muçulmano da Cidade Velha, tentando visitar o Monte do Templo.
Pouco depois começaram os lançamentos dos foguetes.
Eterno barril de pólvora.
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Viver é Perigoso
Um comentário:
Tb. tem o eterno conflito por ocupação de áreas palestinas por Israel.Grande parte da mais recente onda de violência aconteceu em meio a um esforço legal de anos por grupos de colonos judeus, que querem despejar várias famílias palestinas de suas casas no distrito de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental. A solução possível seria a criação de um estado palestino na vizinhança. Israel resiste pois considera os vizinhos não confiáveis. Seria como dormir com o inimigo do lado. Junte-se a isto tudo o ódio milenar sedimentado. As mortes de políticos (alguns premiados com o Nobel) dos dois lados que tentaram alguma ação para a paz mostra como é vai ser difícil: Yitzhak Rabin morto em atentado, Anwar Al Sadat atentado, Yasser Arafat envenenado
Observador de Cena
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