Translate

sábado, 15 de maio de 2021

CANTINHO DA SALA

 


"Retrato de Suzanne Bloch" é a última obra de Pablo Picasso (1881-1973) em sua fase azul, considerada um momento de transição em sua carreira. Entre 1901 e 1904, ele viveu entre Barcelona e Paris, e foi na capital francesa que ele elaborou o retrato de Suzanne Bloch, importante cantora wagneriana e irmã do violinista Henri Bloch.
Ela posou para o artista em seu ateliê, no número 13 da rua Ravignan, em Paris, introduzida pelo poeta e pintor Max Jacob, no fim de 1904.

A obra pertenceu a Suzanne Bloch, tendo sido vendida por seus descendentes, após a morte da mesma, à princesa Sichnowsky, que a manteve em sua coleção particular em Londres. Da capital inglesa, a obra migrou para Lugano, na Suíça, onde integrou a coleção da família Biber. A partir de 1942, a obra esteve exposta na National Gallery of Art, em Washington, onde permaneceu em regime de comodato até 1946. No ano seguinte, foi adquirida pelo Museu de Arte de São Paulo (MASP), com recursos doados por Walther Moreira Salles, fundador do Unibanco, passando a integrar o acervo do museu paulista. 

No dia 20 de dezembro de 2007, por volta das cinco horas da manhã, 3 homens invadiram o MASP, levando a obra Retrato de Suzanne Bloch", além do quadro o lavrador de café de Candido Portinari. Toda ação dos bandidos durou cerca de 3 minutos. As obras estavam avaliadas em mais de US$ 55 milhões. 

Seguindo pistas de informantes, a polícia prendeu um dos responsáveis, Francisco Laerton de Lima. O depoimento dele indicou uma casa em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Lá, em 8 de janeiro, foi preso, Robson Jesus Jordão, e os dois quadros foram recuperados, intactos. Presos, os bandidos deduraram o cabeça do crime, Moisés Manoel de Lima Sobrinho, que se entregou nesse dia. Todos foram condenados. 

Em uma entrevista, Moisés disse que o roubo fora encomendado por um colecionador da Arábia Saudita, mas que não iria revelar quem porque sua família havia sido ameaçada de morte.

Contou ainda que havia feito um lista com cinco quadros para que o comprador escolhesse as obras que seriam furtadas. Na seleção de Moisés estavam dois Renoir (As Meninas Cahen d’Anvers e Menina com as Espigas), um Van Gogh (Passeio ao Crepúsculo) e as telas furtadas.

Viver é Perigoso

Nenhum comentário: