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quarta-feira, 17 de março de 2021

ANTES TARDE DO QUE NUNCA





A França vai devolver um quadro do famoso pintor austríaco Gustav Klimt para os herdeiros de uma família judia que se viu forçada a vendê-lo para tentar sobreviver durante o regime nazista, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.

A ministra da Cultura da França, Roselyne Bachelot, disse que restituir a pintura aos seus verdadeiros donos é um reconhecimento dos crimes sofridos por eles. Segundo ela, o quadro é uma testemunha das "vidas destruídas" pelos nazistas.

O governo francês comprou a pintura, a sua única de Klimt, em 1980, sem saber da história por trás da comercialização do quadro.

Antes da Segunda Guerra Mundial eclodir, a dona de Rosier sous les Arbres (Roseiras sobre as Árvores) era Nora Stiasny, de uma conhecida família judia na Áustria. 

Para sobreviver financeiramente, Stiasny foi forçada a vender a pintura em agosto de 1938 por um valor muito abaixo do mercado, meses depois de os nazistas anexarem a Áustria à Alemanha.

Em 1942, Stiasny foi deportada para um campo de concentração nazista na Polônia, onde morreu no mesmo ano. A primeira pessoa a comprar o quadro dela foi um negociante de arte que manteve consigo a pintura até morrer, na década de 60.

A França comprou Rosier sous les Arbres num leilão em 1980 para o Musée d'Orsay.

Os beneficiários da decisão da França são os descendentes da irmã de Nora Stiasny.

Em 2017, um pintura floral de Gustav Klimt foi vendida por quase 48 milhões de libras na casa de leilões Sotheby's, em Londres.

BBC

Viver é Perigoso

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