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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

MAIS CONFORTÁVEL NÃO LER

Leitura do carnaval - 302 páginas que mexem com a gente. Melhor não ler e depois poder dizer que não sabia. Um livro reportagem do jornalista Bruno Paes Manso, que também é pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

O livro mostra com coragem, como grupos criminosos nasceram dentro das corporações policiais, tornaram-se a principal força bandida do Rio de Janeiro e hoje têm ramificações políticas que chegam até Brasília.

Tenta decifrar como essas máfias se articulam, quais discursos utilizam para defender conflitos e homicídios, "compreender por que e como a sociedade vem produzindo esses comportamentos violentos e induzindo seus participantes a seguir esses caminhos". Até que ponto a realidade do crime no Rio de Janeiro ajudaria a entender a escolha dos eleitores.

Levantamentos históricos e papos com bandidos. Detalhes de conflitos, associações estratégicas entre milícias e facções do tráfico, narcomilícias e traficantes de Cristo (esta simbólica aberração do Brasil contemporâneo). Como a promiscuidade, o descaso, a truculência, a raiva e o ressentimento buscam se estabelecerem como forças balizadores dos rumos do país.

Ao longo da narrativa, em momentos cruciais o leitor se depara com nomes bastante conhecidos: Fabrício Queiroz, Adriano da Nóbrega, Ronnie Lessa e o deputado do momento, Daniel Silveira.

Surpreende? Não. Assusta? Sim. Mas só o susto não adianta. É preciso pensar em formas e construir caminhos para sairmos dessa, como está escrito no Blog Página 5, da Uol.

Viver é Perigoso

Um comentário:

Anônimo disse...

Fabrício Queiroz, Adriano da Nóbrega (morto na BA e condecorado pelo 01 a pedido do 00), Ronnie Lessa (preso e acusado de matar Mariele e Anderson) e Daniel Silveira, os quatros próximos de quem? Hein? Hein? Hein?