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domingo, 20 de dezembro de 2020

MERCADO AQUECIDO

 

O pedido de abertura de capital no mês passado do grupo gaúcho Cortel, de cemitérios, colocou em evidência um mercado com pouca visibilidade no Brasil, mas que fatura R$ 3 bilhões por ano.

Conhecido como "death care", ou assistência à morte, o segmento reúne serviços de funerárias, cemitérios, crematórios e planos funeral, uma espécie de seguro em que a pessoa paga em vida os custos para seu óbito - uma das frentes que mais vêm crescendo no mercado desde o início da pandemia.

Diante dos quase 1,7 milhão de óbitos no planeta, mais de 180 mil deles no Brasil, a covid19 obrigou o mundo todo a falar mais sobre a morte e também jogou luz no trabalho das startups do setor, as chamadas "death techs".

Dono de dez cemitérios e com faturamento anual de R$ 89 milhões, o Grupo Cortel espera levantar R$ 400 milhões na sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), prevista para 2021. A empresa quer usar o dinheiro para sair em busca de ativos e cumprir um papel de consolidadora do mercado.

Investidores, entre eles fundos de private equity (que compram participação em companhias), estão mapeando o segmento, que no Brasil conta com mais de cinco mil funerárias, 750 cemitérios, 147 crematórios e 250 empresas de plano funeral - de acordo com pesquisa que acaba de ser feita pela consultoria RGF, que considera apenas os ativos da iniciativa privada. A maior parte das empresas tem perfil familiar.

Os fundos estão com os olhos tão abertos para o mercado de death care. 

Blog: Fácil imaginar o interesse (desinteresse) dos investidores nas vacinas.

Viver é Perigoso

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