Tive um estimado professor de história. Professor Júlio dos Santos, na realidade, Francisco Júlio dos Santos. Cearense de Quixadá, por vários anos, Presidente da Academia Itajubense de Letras e um dos mais cultos e fluentes oradores desta cidade.
Professor Júlio (1901/1982), foi grande entusiasta do integralismo, foi um dos mais ardorosos defensores e propagadores da doutrina de Plínio Salgado. Rotariano de primeira hora.
No Colégio de Itajubá e no Estadual. Pessoa extraordinária que me fez gostar de história. Permitia discordâncias e debates. Raramente, ao contrário de outras matérias, quando fui no máximo sofrível, deixei de tirar nota máxima em história.
Respondia as questões de acordo com os seus ensinamentos e entre parênteses, de acordo com o que eu acredita e com conhecimento obtido de leituras extra-curriculares.
O ensino oficial, na, época, era totalmente elogioso para com as decisões norte-americanas.
Marcou profundamente a abordagem da "Doutrina Monroe".
Para os que estão chegando agora, a chamada Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente americano James Monroe em sua mensagem ao Congresso em dezembro de 1823.
Disse Monroe:
"Julgarmos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia "
Resumindo: "América para os americanos". Dizia não a criação de novas colônias na América, a não intervenção nos assuntos internos dos países americanos e a não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.
Sei lá, mas certamente influenciado pela leitura dos jornais assinados pelo meu Pai, desde então, via com preocupação o imperialismo ianque embutido. E discutia sobre, com o estimado Professor Júlio, que sempre demonstrou uma paciência enorme para comigo.
Continua me preocupando qualquer forma de imperialismo e sou um ativista contra a diplomacia do dólar e também, é claro, do rublo e do yuan /renmimbi.
Viver é Perigoso
Um comentário:
Grande, saudoso professor de verdade, nunca perdia suas aulas, principalmente qdo pedia para as meninas sairem da sala e contava a vetdadeira historia, kkkk ,grande!
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