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sábado, 17 de outubro de 2020

A SOLUÇÃO


Por ação deles próprios, ou melhor, inércia deles próprios, o Legislativo se tornou tão pouco valorizado no País. Nos municípios, vereador, com poucas exceções, tem virado objeto até de piada.

Por razão aparentemente simples: Não tem conhecimento de suas obrigações e de seus direitos. 

Alguns acham que eleitos, passaram a ser representantes de um bairro, onde residem e onde foram bem votados. Outros, representantes de um segmento. E o pior deles, acreditam ser assessores do prefeito, recebendo como troca, o "direito" de serem recebidos e atendidos pelos Secretários Municipais onde vão, como intermediários de eleitores, em busca de pequenos favores.

Tornam-se prisioneiros, deixando escapar um pouquinho do que resta da sua personalidade política.

Dominados, calam-se.

Depois de quatro anos, a remuneração recebida passa a ser importante no dia a dia. O que fazer no término do mandato ? Desespero na tentativa de reeleição ou esperar pela indicação de um cargo na nova administração, trazendo no currículo, não necessariamente capacidade, mas provas de lealdade do passado.

Muito pouco.

Daí a importância dramática da eleição de vereadores. Uma Câmara que passará a funcionar com 11 membros.

Amigos, conhecidos, ligados ao nosso candidato a prefeito ou não. A salvação e esperança das mudanças tão necessárias está em escolher um candidato preparado para o cargo. Personalidade definida e entendam, que estaria na altura para ser candidato ao cargo de prefeito. Afinal, Legislativo, Executivo estão no mesmo patamar.

Façam a experiência: pensem num nome que poderá ser o candidato a prefeito nas próximas eleições. 

Assim sendo, qualquer que seja um dos seis candidatos a prefeito eleito no próximo 15 de novembro, teremos um poder legislativo capaz, independente e atuante.

Basta de assistir uma maioria silenciosa aboletada durante quatro (ou até oito) anos, na antessala do prefeito ou abobalhada em camarotes de shows sertanejos patrocinados. 

A eleição da Câmara tem a mesma importância da eleição para Prefeito.

Desta vez, temos excelentes candidatos. Depende de nós.

Viver é Perigoso

3 comentários:

Anônimo disse...

Regras de comportamento mínimo para os edis e nós eleitores:
1- legislar;
2- fiscalizar;
3- ter consciência de que não tem função administrativa;
4- Independência política;
5- ter como livro de cabeceira " As Câmaras Municipais do Brasil Ascensão e Declínio" do engenheiro pela Unifei, político e professor da Unitau Joaquim Marcelino Joffre Neto.
Na Amazon tem.

Edson Riera disse...

Unitau

Grato pela dica. Vou procurar e ler.

Zelador

Anônimo disse...

O Google é uma beleza achei isso:
Câmaras municipais no Brasil: um estudo introdutório do afastamento dos legislativos municipais de suas funções constitucionais.
Tese de Mestrado Joffre Neto FGV SP Orientador Fábio Konder Comparato
Introdução
As Câmaras Municipais têm papel essencial no governo municipal, com funções constitucionais de legislar e fiscalizar o Poder Executivo. A função legislativa, em sentido amplo, permite aos vereadores participar do governo da cidade. Todavia, esse papel não é exercido pelos vereadores que se dedicam principalmente ao clientelismo e ao assistencialismo e a submissão da Câmara ao Executivo é quase absoluta. Na realidade, porém, trata-se de uma tática: o vereador, pretendendo ter poderes de execução, abre mão de suas prerrogativas fiscalizatória e legislativa, que não tem apelo eleitoral, e barganha com o prefeito sua submissão em troca de nacos do poder de mando e de recursos políticos que alimentarão suas atividades de assistencialismo e clientelismo. São concausas disso o sistema eleitoral e partidário, as condições educacionais, socioeconômicas e políticas das comunidades, e principalmente, o sistema de governo. Ainda que sejam majoritariamente causas institucionais, há possibilidades de amenização do afastamento de funções da Câmara Municipal com iniciativas locais.
causídico jurássico