A verdade é que nos tempos áureos poucos falavam inglês na terrinha. Mesmo no Colégio de Itajubá, depois do português, vinha o latim. Puxado e dava bomba. Declinações na ponta da língua, claro que o colégio era dos padres. Em seguida vinha o francês, com o Dr. Olavo e a Dona Geny de mestres. A turma do científico ainda se debatia também com o espanhol.
Inglês relegado. E mais, longe de existir na cidade os cursos particulares.
Claro que todos sabiam o inglês do cinema e das músicas. A cuca fundia era com o choque entre os cartazes de cinema e o título do filme na língua pátria.
Como explicar o espetacular "Shane" - Alan Ladd como sendo "Os brutos também amam ". E o "The sound of música", como a Noviça Rebelde ? E o filmaço "Giant" - Rock Hudson, Elizabeth Taylor e James Dean, como Assim caminha a humanidade ?
Nó na cabeça assistindo a meiga Audrey Hepburn no "Breakfast at Tiffanys´, que virou Bonequinha de Luxo ?
Quem não assistiu o Gary Cooper em 'Matar ou Morrer ", que no original era High Noon ?
E a fila no Cine Paratodos para assistir o Elvis no filme "King Creole", que virou Balada Sangrenta ?
Ficou famosa a reclamação do conhecido (na época) Sr. Aristides - Tidinho, viciado em cinema, junto ao gerente do Cine Paratodos, afirmando que as legendas estavam sumindo rápido demais e não dava tempo para ler. Argumentou ele cheio de razão: Me sinto prejudicado, uma vez que ou vejo as feições ou leio. Não dá para fazer os dois juntos.
Viver é Perigoso
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