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sexta-feira, 15 de maio de 2020

VENTOS DE GUERRA


Dois vereadores e um cargo de confiança do prefeito de Itajubá estão sendo investigados por manifestações intimidatórias contra a juíza Letícia Drumond desta cidade do Sul de Minas. O próprio prefeito, Rodrigo Riera (MDB) está na mira da investigação da Polícia Civil e do Ministério Público de Minas Gerais. Além de funcionários de confiança dele, os manifestantes usaram carro da guarda municipal para guiar a manifestação.

A decisão de apurar e investigar os responsáveis partiu do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e do Ministério Público de Minas contra os atos antidemocráticos e ataques à Justiça. “O Judiciário acordou e vai reagir às agressões”, avisou o presidente do TJMG, Nelson Missias de Morais.

Tão logo soube do ocorrido, o Tribunal de Justiça acionou o Centro de Segurança Institucional, a Polícia Civil e a Polícia Militar para adotar todas as providências em defesa da juíza e de sua integridade física. Em nota pública, iniciativa rara do Tribunal, Nelson Missias advertiu que a organização de manifestações públicas intimidatórias é inaceitável.

“Especialmente quando organizadas e incentivadas por agentes públicos. Se, por um lado, é compreensível a tensão pública existente em todo o país em função da pandemia do coronavírus, por outro é inadmissível que atos como os realizados em Itajubá sejam utilizados como instrumentos de pressão contra a autoridade judiciária, que deve ser respeitada”.

Liderado por vereadores e assessor do prefeito, um grupo protestou contra a decisão da juíza que suspendeu decreto do prefeito, que permitia a reabertura do comércio local. A prefeitura havia liberado que bares, restaurantes, igrejas e academias voltassem a funcionar na sexta-feira (8).

O vereador Renato Moraes (PSDB) e o controlador geral de Itajubá, Francisco Tomazoli da Fonseca, foram apontados como os organizadores da manifestação.

Contra a decisão, o grupo se reuniu em frente ao Fórum da cidade, depois seguiu até a sede do Ministério Público e encerrou o protesto na rua de frente para o prédio onde mora a juíza.

AlemdoFato

Blog: O duro é que todos na cidade comentam, que dificilmente, os "cabeças" do movimento, dariam um passo sequer sem consulta e  aprovação do Sr. Prefeito.
O Sr. Tomazzoli, além de seus trabalhos na Prefeitura, é Pastor evangélico da Sara Nossa Terra e também apresentador de programa da Rádio Futura FM, emissora sob influência do Prefeito. 

Viver é Perigoso

2 comentários:

Anônimo disse...

O pastor disse na rádio, ao lado do prefeito: "Depois da 18h eu sou um cidadão, um pastor, e faço o que bem entender".
Esquecendo que, em cargo comissionado, pressupõe dedicação exclusiva, ou seja, moralmente ele é servidor o tempo todo. E não há - ou não é obrigatória - a instituição de controle de horário (depois das 18h).
O prefeito tentou corrigi-lo, dizendo que, 'se convocado' deve comparecer.

'Olhos de Lince'

Anônimo disse...

Controlador do município? tá controlando exatamente o que?