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sábado, 11 de abril de 2020

DA BOA VISTA, É CLARO

Deu no "Estadão " de hoje 

Com o avanço da covid-19 e sem uma terapia comprovada cientificamente para combatê-la, médicos ao redor do mundo passaram a testar diversas drogas e associações entre elas, especialmente para os casos mais graves – e a cloroquina é uma delas.

Ao menos 65 estudos estão sendo realizados no mundo para investigar a eficácia da cloroquina e hidroxicloroquina contra a covid-19. Por enquanto, três foram finalizados, dois chineses e um francês, e os resultados são controversos. Mas, diante da falta de uma opção certeira e apesar de efeitos colaterais graves, como arritmia cardíaca e problema de visão, há médicos que vêm utilizando a droga, especialmente em pacientes em estado grave ou crítico. 

O que era mais um medicamento sendo receitado na luta contra a covid-19 ganhou destaque após ser citado pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, dos EUA, como possível solução para a pandemia.

Nas últimas semanas, governos, agências regulatórias e entidades médicas autorizaram o uso compassivo do remédio para pacientes internados (para quando não há outra opção de tratamento), mas ressaltaram que os estudos finalizados até agora não permitiam ampliar a recomendação para pacientes leves nem garantir a ausência de efeitos colaterais.

O Ministério da Saúde vem embasando suas diretrizes na revisão da literatura científica realizada por um grupo de cientistas brasileiros de instituições como os hospitais Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz. É esse trabalho que afirma que 65 estudos estão em andamento e que 3 foram concluídos, com resultados controversos. 


Também integrante do grupo que colaborou com a relatório, a médica Rachel Riera, coordenadora do Núcleo de Avaliação de Tecnologia em Saúde do Hospital Sírio-Libanês, destaca que os três estudos tinham problemas nos grupos controle porque em alguns os pacientes não foram escolhidos aleatoriamente ou, quando foram, os grupos tinham perfis diferentes, o que também pode influenciar nos resultados. "Se a pesquisa não tem grupo controle ou os grupos são muito heterogêneos não dá para atribuir o resultado exclusivamente ao remédio", diz ela, que também é professora de medicina baseada em evidências da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Viver é Perigoso


4 comentários:

Humberto disse...

Meu caro, tenho quase certeza de que esta é uma das cartas que você gostaria de ter recebido. Tem muito a ver com o momento que a humanidade está vivendo.

Um abraço.

Humberto.

Fonte : Livro Cartas extraordinárias - Companhia das Letras.

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Carta-resposta que o escritor E.B.White enviou em março de 1973 a um certo sr. Nadeau, que queria saber a sua opinião sobre o que lhe parecia um futuro sombrio para a humanidade .

Caro sr. Nadeau :

Enquanto houver um homem íntegro, enquanto houver uma mulher compassiva, o contágio pode se alastrar e a perspectiva não é desoladora.

Esperança é o que nos resta em tempos difíceis. Vou me levantar no domingo de manhã e dar corda no relógio, contribuindo para a ordem e a estabilidade.

Os marinheiros têm uma expressão para definir o tempo : dizem que o tempo é um grande blefista. Acho que isso também é verdade em relação à nossa sociedade - tudo parece sombrio, e então as nuvens se abrem, e tudo muda, às vezes de repente.

É óbvio que a humanidade transformou num caos a vida neste planeta. Mas, como povo, provavelmente trazemos em nós sementes do bem que desde muito esperam pelas condições adequadas para brotar.

A curiosidade, a inflexibilidade, a inventividade, a engenhosidade do homem o levaram a sérias dificuldades. Só podemos esperar que o ajudem a sair delas.

Segure o chapéu. Agarre-se à esperança. E dê corda no relógio, pois amanhã é outro dia.

Cordialmente,

E. B. White
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Edson Riera disse...

Humberto

Maravilha

Abraço

Viver é Perigoso

Anônimo disse...

Parabens, papai Zelador.
Rachel sempre foi uma pessoa diferenciada.
Imagino o orgulho!!
H. Finn

Edson Riera disse...

H. Finn

A Rack é uma Moça Bonita.

Grato

Zelador