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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

NIÓBIO



Vamos todos ficar roucos de tanto ouvir e ler sobre o nióbio.

Descoberto no início do século XIX pelo inglês Charles Hatchett. A maior reserva do planeta se concentra em território brasileiro, no município de Araxá. O veio foi identificado em 1953, por Djalma Guimarães engenheiro de Minas formado na Escola de Minas de Ouro Preto. 

A CBMM possui seu próprio direito minerário. O Estado de Minas Gerais, através da Codemig, também possui um direito minerário. 

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM é uma empresa privada brasileira de metalurgia e tecnologia, líder mundial em seu campo de atuação, com sede em Araxá, no estado de Minas Gerais, que tem como foco o desenvolvimento de tecnologias e produtos do nióbio.

Fundada em 1955, a empresa é controlada desde 1965 pela família Moreira Salles e desde 2011 tem participação acionária também de investidores chineses (15%) e de um consórcio de empresas japonesas e sul-coreanas (15%).

A Codemig e a CBMM, arrendaram seus direitos à Comipa, uma Sociedade Anônima de capital fechado e gestão compartilhada, constituída com o único objetivo de lavrar o minério. 

A Comipa vende o minério com exclusividade para a CBMM que é a responsável pelo beneficiamento, industrialização e comercialização dos produtos finais de nióbio. 

A Codemig recebe, através da SCP, 25% do resultado de toda a operação (incluindo a venda dos produtos que se originaram dos direitos minerários da CBMM). O Estado de MG, através da Codemig, participa do lucro das subsidiárias, que é consolidado na CBMM Brasil. 

Em 2018, a fatia recebida pela Codemig, foi de R$ 899 milhões.

Para pagar salários de funcionários públicos em atraso (13º), o governo Zema pretende vender o direito de receber esse percentual até 2032 por meio de uma operação na Bolsa de Valores. 

O negócio foi alvo de enormes polêmicas na Assembléia Legislativa do Estado.O Projeto do governo não detalha o preço da venda. 

Embora o material extraído das duas minas seja na mesma quantidade, de acordo com o contrato, o produto da mina do Estado teria 17% a mais de nióbio que o da empresa e essa diferença não estava sendo levada em conta na hora da divisão dos lucros.

Na Assembléia Mineira, registra-se que, só no ano passado, a diferença foi de 62 mil toneladas de nióbio. De 1972 até hoje, foram extraídas de cada mina 41 milhões de toneladas de minério de nióbio. 

O deputado Ulysses Gomes, autor do requerimento para a audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), chegou a afirmar que a dívida da CBMM com estado, devido a divergência, pode chegar a R$ 5 bilhões, o equivalente a duas folhas de pagamento do estado. 

Em tempo, o nióbio produzido em Araxá responde por 75% de toda a produção mundial. Sua produção anual é de 70 mil toneladas da liga de ferronióbio. O nióbio de Araxá tem reserva para ser explorado por mais de 400 anos.

Viver é Perigoso

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