Itajubá, 21 de julho de 2018
Marco Antonio,
Um bom jornalista, que trabalha para um bom jornal, tem grande orgulho de estar ao lado da verdade contra tudo o mais.
Quando há uma notícia, a sua única preocupação é apurar a verdade na maior extensão e com a maior exatidão possíveis, sem pensar nas pessoas que talvez se ofendam, que possam ter o seu prestígio afetado, que melhorem de posição ou que escrevam uma carta indignada ao jornal.
Nenhuma consideração dessa ordem pode deter um jornalista na procura da verdade.
Se o governador do Estado está envolvido num escândalo, se o melhor amigo do jornalista é acusado de desonestidade contra o seu patrão, se um banqueiro foge com o dinheiro dos depositantes, há notícia - e a notícia é mais importante do que considerações de ordem comercial ou pessoal.
É por isso que se diz: "Um bom jornalista não tem amigos".
Duane Bradley
Viver é Perigoso
2 comentários:
Caro zelador,
grato pelas palavras, que, acredito, sejam direcionadas a mim.
Tenho quase 10 anos de profissão e sempre me norteei pelas palavras do jornalista Cláudio Abramo, que estavam impressas em uma parede da minha faculdade: "o jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter".
Tento seguir este ensinamento sempre com rigor. Fazer jornalismo em uma cidade como Itajubá e em tempos como estes em que vivemos não é tarefa fácil. Mas o que é fácil na vida?
O primeiro editor que tive no jornal Valeparaibano, de São José dos Campos, sempre dizia que devemos apontar os defeitos, os erros e os problemas nos casos da administração pública. Não devíamos mostrar o que foi bem feito, porque isso era mera obrigação dos que tem o poder. Tenho tentado também seguir assim.
A indignação e a inconformidade devem seguir lado a lado com o trabalho de um jornalista. Tento seguir indignado e inconformado.
Grande Abraço
Caro Marco Antonio -
Tenho acompanhado e admirado seu posicionamento. Sei que não é fácil.
Nossa cidade tem essa característica: Muitos pensam e comentam na surdina o que pensam. Poucos assinam.
Como se ter opinião e exercer questionamentos fosse um crime.
Muito gratificante seguir contra o vento e ter a sensação de dever cumprido.
Abraço
Zelador
Postar um comentário