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sexta-feira, 9 de março de 2018

DELAÇÃO PREMIADA


Não há como negar que o País mudou muito no combate a corrupção. Na certa, para os propineiros (passivos e ativos) os negócios ficaram mais complicados. Criatividade e cuidados devem estar sendo exigidos.

Mas o que já aconteceu, aconteceu. E o instrumento da delação premiada deve estar tirando o sono de muita gente.

Aí está o caso do ex - todo poderoso Antonio Delfim Neto, tratado nas listagem como o "Professor". Afastado da política há mais de 10 anos, porém, segundo a Polícia Federal, trabalhando quietinho e influentemente nos bastidores. A casa caiu por delação premiada e com uma impressionante riqueza de detalhes.

Sabe-se lá o que é ter que rezar toda a noite para que nenhum dos ex e atuais parceiros não abra o bico ? Rezar para que não entrem em litígio com ninguém, para que não separem da mulher e que saibam poupar e empregar bem o que lhes coube da partilha ?

Sabe-se lá como é difícil se desgrudar desses carrapatos que o seguem, com olhar pidão e às vezes até ameaçador ?

Não deve existir nada mais efêmero do que a fidelidade firmada por interesses.  

Sinceramente ? As punições começaram com a instituição do instrumento da delação premiada. Tirou definitivamente o sossego do pessoal. O ar feliz some do rosto, olhos crispados, mão suadas e incontroláveis, respostas ríspidas, impaciência.

Está para nascer, tirando o João Vacari Neto, aquele que resista a uma espremida caprichada, com ameaças de recolhimento na cadeia, tornozeleira eletrônica, etc.  Caiu numa investigação ? Opta de imediato por uma negociação que possa amenizar o penar. Na ânsia de se livrar fala sobre o que aconteceu, o que está acontecendo e o que acontecerá. Casos relacionados com processos e investigações em andamento, alguma cola feita no curso ginasial e até uma confissão incompleta, feita quando criança, para o pároco do bairro.

É a vida...

Viver é Perigoso

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