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quinta-feira, 15 de março de 2018

CHÁ COM STHEPEN HAWKING


Nos anos 1970, não havia alegria maior para os doutorandos em física nuclear de Oxford do que compartilhar o chá da tarde com os papas da física teórica que visitavam a cafeteria do laboratório de vez em quando. 
Uma tarde nos disseram que Hawking, o dos buracos negros, estava por ali.

"A mecânica quântica, ao fundir-se com a relatividade especial de Einstein, permite vislumbrar processos tão fascinantes como a flutuação do vazio: espontaneamente, ou seja, como um efeito sem causa, geram-se uma partícula e sua antipartícula. Aniquilam-se rapidamente, mas o que acontece se uma delas se criar dentro do horizonte de um buraco negro e a outra fora? Esta pode escapar gerando radiação e o horizonte do buraco negro se torna “cinza”. Essa perda nítida de energia faz sua massa diminuir tão mais rapidamente quanto menor for. Se fosse do tamanho de uma partícula, ele “evaporaria” instantaneamente. Isso é o que nos permite que ficar tranquilos diante das predições agourentas do LHC (Grande Colisor de Hádrons, na sigla em inglês).
Para estudar essa radiação, aquele físico corroído por uma estranha doença degenerativa teve de transcender a relatividade especial e enfrentar a geral, a gravitação, a teoria do universo como um todo, com o microcosmos governado pela mecânica quântica. 
Esse é um dos desafios intelectuais mais portentosos que o cérebro humano pode enfrentar e Hawking se atreveu a encará-lo. Com sucesso."

Manuel Louzano Leyva

Blog: Captou ?

Viver é Perigoso

4 comentários:

marcos.caravalho disse...


Não captei, mas fiquei com uma sensação boa: o cara não tinha medo de assombração.
O Universo chacoalhava a capa, ele ciscava o chão e investia.
Pelos testemunhos de seus contemporâneos da área, não havia mistificação alí, no que o cara propunha, provava e "cospe aqui quem se sentir mais macho".
Certamente, beneficiários tão indiretos quanto ignorantes do significado de seus achados, sentiremos muito sua falta.
Do outro lado deve estar uma correria danada prá ver o novo cara que acaba de chegar...

Edson Riera disse...

Marcos -

Um ponto fora da curva.

Zelador

Anônimo disse...

É claro que existiam inúmeros doutores e professores assistentes em tornas suas teorias em algo físico, no papel, alem de experimentos em laboratórios. Entendível perfeitamente.

Mas a grande questão é a de que todo desenvolvimento das teorias serem unica e exclusivamente elaborados em sua mente. Não poderia fazer rabiscos ou esboços de formulas !!

Era uma mente brilhante e nada mais! Fabuloso.

Edson Riera disse...

Fabuloso -

Já me peguei lendo, relendo e tentando entender um mínimo, vislumbrar alguma coisa, entender algo. Vai além da minha imaginação.

Zelador