Dois anos importantíssimos que mereceram livros. Vivi e acompanhei bem, quase sempre de longe, os dois.
Feliz 1958 - O ano que não devia terminar
Escrito pelo Joaquim Ferreira dos Santos e lido em 2006.
Sobre 1958, escreveu Nelson Rodrigues: " O brasileiro deixou de ser um vira-lata entre os homens e o Brasil um vira-lata entre as nações."
O capitão Bellini levantou a Taça Jules Rimet na Suécia. João Gilberto batucou no violão as últimas dissonâncias de "chega de saudade" e lançou o 78 rotações que fundou a bossa-nova. Adalgisa Colombo foi eleita Miss Brasil. O DKW-Vemag foi lançado com 50% das pelas fabricadas no Brasil. Brasília começava a se tornar realidade. As comédias de Oscarito e Zé Trindade lotavam os cinemas. Maria Esther Bueno venceu em Wimbledon. Jorge Amado lançou Gabriela, Cravo e Canela. O rinoceronte Cacareco era eleito vereador em São Paulo. O laquê em spray chegava ao Brasil.
1968 - O ano que não terminou
Escrito pelo Zuenir Ventura e lido em 1989.
Começa citando Charles Dickens, do final do século XVIII : " Foi o melhor dos tempos, a idade da sabedoria e da insensatez, a era da fé e da incredulidade, a primavera da esperança e o inverno do desespero. Tínhamos tudo e nada tínhamos."
Serve para descrever o Brasil em 1968. A leitura ou releitura do livro, para alguns será visita a lugares antigos; para a grande maioria - os que ainda não tinham começado a viver, e os que estavam lá, mas de longe - será descoberta. Útil para ambos os casos.
Estudando para o vestibular da nossa Escola, que se realizaria na segunda semana de janeiro, ouvi pelo rádio, sempre ligado, escutei sobre o AI-5.
2018, promete.
Viver é Perigoso
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