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terça-feira, 30 de maio de 2017

DELAÇÃO PREMIADA

Desde que, sem multas, sem tornozeleiras, sem prisão domiciliar, sem arresto de bens e com comprovante de ficha limpa.
Gravando...

"Chegando aos 70 tendo conhecido tão somente um pagode. "Deixa a Vida me Levar". Sem conhecer e poder identificar nenhum som, cantor ou dupla sertaneja universitária.
Sem nunca ter usado camiseta tipo regata e jamais chinelos de dedo. Pochete, nunca, bem como bolsas à tira-colo.
Votei uma vez no petista Laudelino para Deputado Estadual. Não gosto de beterraba e nem do cheiro de batata salsa.
Tenho fotografias antigas tiradas com políticos e empresários, investigados, acusados e condenados. Em alguns poucos continuo acreditando.
Doei uma correntinha de ouro na Campanha Ouro Para o Bem do Brasil. 
Confesso: Votei no Fernando Collor. No dia seguinte vi a besteira.
Sou amigo do Virgílio e do Aldo há muito mais do que 50 anos.
Nunca li um livro do Paulo Coelho, nem do Chico Buarque e jamais, uma poesia do Sarney.
Gosto de filme de índio e abomino filmes violentos e de terror. Não passo um dia sem ouvir música e sem folhear um livro. Releio muito.
Adoro arroz com pastel e encaro uma pizza à contra-gosto. 
Assisti por longos momentos, lado a lado numa loja em Manaus, a Mulher Nota 10, Bo Derek. Troquei ideia sobre um produto na prateleira do Carrefour, com a Bruna Lombardi. Linda e mignon.
Estive presente na final da Copa do Mundo de 1994 e vibrei com o penalty cobrado pelo Baggio, nas alturas. Maravilhoso a Whitney Houston cantando de pertinho, "I will always love you "
Já curti o Eric Clapton ao vivo. Também o John Fogerty, do Creedence.
Presenciei a maior cantora brasileira de todos os tempos, Elis Regina, no Show Falso Brilhante no Teatro Brigadeiro. Assisti o Roberto Carlos num circo montado onde fica hoje a Itavel. 
Assisti uma tourada na Plaza de Touro de Madrid. Torci pelos seis touros constante do programa. Todos morreram.
Lamentavelmente, assisti ao vivo e bem próximo, todo a tragédia do incêndio do Edifício Joelma em 1974. Fiquei abalado.
Vi o Pelé jogar muitas vezes e cumprimentei o Garrincha em um treino da Seleção Brasileira, em 1962, em Campos do Jordão.
Foi bom ter estado no Nou Camp, em Barcelona e no Santiago Bernabeu em Madrid, 
Pesquei um dourado de 12,5 kgs no Rio Sapucaí, em Olegário Maciel. Vara de bambu com 5 metros, linha de aço de 7 fios trançados e anzol Mustad 9 . Arrependo-me por não tê-lo solto. Grandes amigos já tomaram o barco. Sinto falta dos conselhos e das broncas do José Luís Chiaradia, Califa.
As lágrimas sempre me brotaram fácil.
Viajei de São Paulo para Floripa sentado ao lado do Guga. Simpático e conversador.
Encarei a solidão branca de uma UTI. O tempo não passa. Fui o Cabo 257 da PM, no 4º Batalhão de Engenharia e Combate. Estava próximo (e protegido) quando da explosão de uma mina anti-carro durante uma instrução. Tragédia assistida.
Estive na cobertura do World Trade Center antes do 11 de setembro.
Pela legislação em vigor os meus pequenos delitos já se prescreveram. 
Ninguém acredita, mas fui o único presbiteriano a exercer o honroso cargo de Presidente do Clube Itajubense.
Fui candidato a um cargo público. Não fui eleito, mas não perdi. Oficialmente tive algo próximo de 15.000 votos. Passados 14 anos e considerando as pessoas, que até o dia de hoje, ao me encontrarem reafirmam o seus votos, devo estar beirando os 100.000. Fico feliz.
Conheci o Dr. Wenceslau Braz. 
Também consegui uma namorada rodando na Praça Cesário Alvim, que virou, com justiça, Theodomiro Santiago. 
Tive um terno feito pelo Sr. Aristeu Barbosa e outro pelo Sr. Zequita. Nunca joguei no Bicho.
Já fui preso pela Polícia de Brazópolis. 24 horas passam rápido. Aprendi a nadar no Rio Sapucaí. Passei na última colocação (na primeira chamada) do Vestibular da Efei.
Estive presente no maior público da história do futebol brasileiro. Mais de 200.000 pessoas no Maracanã, quando do Brasil x Paraguai, em 1969. 
Fumei mas não traguei."

Viver é Perigoso   

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