Translate

domingo, 17 de julho de 2016

RESUMINDO...


No princípio a autoridade constituiu a sua enorme equipe de assessores, formada por fieis amigos e aliados.  
E viu que isso era bom.
Depois percebeu que alguns deles insistiam em ter ideias próprias e os incentivou a deixar a equipe. 
E viu que isso era bom.
Faltava alguma coisa. Notou que o pessoal ficaria orgulhoso e feliz em ter uma praça florida, águas coloridas e um palco para as crianças escalar em dias de sol. 
E viu que isso era bom.
Em seguida concluiu ser interessante assumir a paternidade e a ajudar na conclusão, de projetos conseguidos por autoridades que vieram antes, projetos de casas populares tocados pelo governo federal, creches, pontes e pista de pouso.
E viu que isso era bom.
Concluiu que as águas devem se limitar a correr dentro dos leitos dos rios e providenciou a liberação de aterros, expulsando os seres viventes que lá se refugiavam.
E viu que isso era bom.
Imaginou que aumentando o número de vereadores ficaria mais fácil dominar a maioria e ao mesmo tempo provocaria o descontentamento da população contra os próprios, desviando o foco de atenção.
E viu que isso era bom.
Desentendeu-se e provocou divisões nas forças vivas da cidade, como grandes empresas, entidades e universidades.
E viu que isso era bom.
Não gostou da existência de vozes e penas discordantes de seus procedimentos, na imprensa escrita e falada. Provocou o silêncio de questionamento em quase todos os veículos.
E viu que isso era bom.
Optou por instalar o procedimento de consultas populares, de planejamento e de transparência, ao nível zero.
E viu que isso era bom.
Trocou um prédio industrial por um auditório/teatro.
E viu que isso era bom.
Pressentiu que seria bom estabelecer regras confusas para o projeto de estacionamento rotativo. Com o clamor popular teria uma boa oportunidade de socorrer os aflitos e em conjunto jogar a responsabilidade em cima das entidades do comercio.
E viu que isso era bom.
Colocou à venda muitos imóveis públicos com o intuito de reforçar o caixa.
E viu que isso era bom.
Colocou para funcionar um restaurante popular com preços subsidiados.
E viu que isso era bom.
Investiu todo o prestígio para conseguir verbas oficiais para o Hospital, relegando a um segundo plano, a antiga e tradicional e misericordiosa casa de saúde.
E viu que isso era bom.
Não investiu na manutenção dos empregos na industria.
E viu que isso era bom.
Resolveu buscar ficar mais um período no comando.
E viu que isso era bom.
Depois...descansou.

Viver é Perigoso  

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom.
Claro que a metáfora ilustra bem a atual situação municipal.
O duro é que o personagem principal tem certeza que ele é Ele.

JORNALOSULDEMINAS disse...

Há um erro, gigantesco, na avaliação da situação. Adivinhe qual é.