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domingo, 27 de dezembro de 2015

PARA PENSAR NO FINAL DO ANO


Ter confiança em si mesmo é fundamental para poder gozar de uma vida plena e não depender da boa opinião dos demais, se bem, que problemas surgem quando em ocasiões a confiança não se expressa de uma maneira apropriada. 
Outras vezes, se confunde confiança e arrogância, especialmente quando as pessoas que assim o julgam têm uma baixa autoestima, pois para elas, qualquer demonstração ou expressão de força interna é percebida de maneira negativa.
Esse tipo de pessoa não pode suportar que outros tenham presença, independência de espirito e que não vão pela vida pedindo permissão.
Nesses casos, se trata de uma projeção própria do observador, incapaz de suportar que outros exibam comportamentos que eles invejam e que estão fora de suas habilidades. No lugar de olhar para dentro e resolver suas carências, preferem criticar e julgar duramente aqueles que logram levar a cabo o que eles sonham e não se atrevem a fazer.
Essas pessoas não poderiam estar mais equivocadas; a arrogância é outra coisa. O indivíduo arrogante, geralmente, se apresenta de uma maneira esmagadora, fanfarrona e egocêntrica que não permite o diálogo e se situa automaticamente por cima dos demais, depreciando aos que considera estar por baixo (todos os demais).
Geralmente, as pessoas mais realizadas, sábias, são seguras, e portanto não têm a necessidade de ir mostrando o quanto capazes são. Sem embargos, os arrogantes destroem suas oportunidades por diversas razões que valeria a pena enumerar.

1. O arrogante se encontra ancorado em uma cerração mental (portanto, terá menos possibilidades de buscar novas técnicas e conhecimentos, e como pensa que já sabe tudo, deixa de seguir crescendo)

2. O arrogante, imagina que as pessoas lhe podem agregar muito pouco. Isso o impede de estabelecer conexões que lhe serão necessárias mais adiante na vida.

3. O arrogante, tende a falar mais do que escutar. Recordemos que se Deus nos deu uma boca e dois ouvidos foi por uma razão; podemos aprender com a escuta, enquanto falar continuamente nos trás poucos benefícios

4. O arrogante, crê que sempre tem razão. Isso conduz a falsas suposições, e o torna mais propenso a cometer erros. Uma segunda opinião sobre algo não nos faz menos capaz; ao contrário, demonstra valorizar o trabalho em equipe e mostra humildade, qualidades que muita gente valoriza e busca.

5. Ninguém gosta de estar por perto de um vaidoso e arrogante, a menos que pretendam algo dele. Chegará o dia em que o arrogante dará conta que está sozinho e as únicas inteirações sociais que poderá conservar são as utilitaristas, unicamente se quedarão ao seu redor aqueles que pretendam utilizá-lo. 

6. O arrogante, frequentemente, esconde paradoxalmente, uma falta de confiança, uma falta de conhecimento e muita insegurança. Nesse afã para esconde-los, a arrogância pode levar a ações pouco éticas. Os arrogantes pensam que são infalíveis, e entram num beco sem saída. 

Isto significa que no dia que uma pessoa arrogante falha, o que terminará ocorrendo, fará o necessário para encobrir esse fracasso. Muitas vezes, essas pessoas recorrem a medidas extremas para assegurar que sua culpa não se descubra, incluindo aí, atos pouco éticos. 

Concluímos que a confiança é tranquila e as inseguranças são ruidosas. A modéstia e a humildade são muito mais úteis. Embora seja compreensível que há pessoas que gostem de falar de si mesmas. chega-se a um ponto em que ficam, irritantes, cansativos e às vezes até ofensivos para os que têm que aguentá-lo. 

Mônica Esgueva - Huffington Post

Viver é Perigoso

2 comentários:

Remy de Andrade disse...

Caro Edson,
Belíssimo texto.
Trago a seguinte provocação : cientes de que a humildade e a
Modéstia são virtudes e que para possuí-las , é necessário a
Despersonificação das boas ações e o devido entendimento sobre a
Pequenez de cada ser no contexto da grandiosidade do universo ;
Pergunto-lhe se a atividade política, que exige grande trabalho da marca
Pessoal, da valorização do Eu , da exposição exacerbada das ações
Realizadas, é compatível com o perfil , digamos, mais modesto e sábio de
Alguns, ou trará como exigência o perfil egocêntrico que usualmente
Observamos na classe política ?
Vejo que para o político de carreira, a humildade e a modéstia
Passarão sempre longe. Terá de trabalhar o próprio nome, aparecer
Em tudo que é cartaz e jornal, não reconhecer fraquezas . Uma vez
Que o objetivo é se perpetuar na atividade política, transformada em
Meio de vida, defenderá com unhas e dentes sua imagem, mesmo que
Falsa. O político de carreira é uma praga.
Só há uma saída : o político idealista. Neste , vejo
Possibilidade da manutenção de bons valores. Contaremos
Nos dedos das mãos os existentes e devemos torcer para que
Não se sintam tentados a transformar a política em meio de vida.
A visão pode parecer inocente e sem viabilidade , mas
Definitivamente não confio em políticos profissionais. Vendem
A alma conforme a conveniência.
Um abraço






Edson Riera disse...

Caro Remy,

Um abraço. Político profissional é uma praga. Para se manter no poder, mentem, ludibriam, falseiam, pensam em si próprios. Fui levado a radicalizar: sou contrário a reeleição. Os que já não são de nascença, se tornam arrogantes, como descrito no texto.

A classe política é a responsável pelo estado de coisas a que fomos levados. Credibilidade zero,ao ponto de chegarmos ao absurdo de quase nos solidarizarmos com um mal (Cunha) na tentativa da extirpação de outro mal (Dilma).
Estamos lascados.
Oremos.

Edson