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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CODIGO VOYNICH


Pela primeira vez, e além das reproduções mais ou menos bem-sucedidas elaboradas no passado, o "Código Voynich" terá sua cópia.
A editora espanhola Siloé, com sede em Burgos, foi escolhida pela Universidade Yale entre aspirantes de todo o mundo para clonar o manuscrito. Siloé, uma editora especializada há 20 anos em clonar com igual zelo em sensibilidade e rigor livros de épocas medievais, volumes miniaturizados, códigos, cartulários de toda espécie.
Os segredos do Código Voynich permanecem sem respostas. 
Há mais de um século o código, descoberto de forma casual em 1912 pelo livreiro lituano Wilfrid Wojnicz entre as prateleiras da Villa Mondragone, uma mansão perto de Roma que pertenceu à família Borghese, continua passando por cima da lógica científica e ocasionando a mesma dose de hipóteses descabeladas e tentativas sérias de resolução. Não se sabe quem o escreveu nem quem o ilustrou, nem com que intenção. Não se sabe em que idioma está escrito.
Trata-se de um enigma em forma de livro antigo e desordenado de 234 páginas e 22,5 por 16 centímetros, que há 50 anos dormita nas estantes da Biblioteca Beinecke, da Universidade Yale, à espera de que alguém desvende seu mistério.
Caderno botânico de plantas inexistentes? Tratado cosmológico? Obra de iniciação esotérica? Código élfico? Livro cabalístico? Relato bélico? Catálogo de poções para magia? Solução anticoncepcional para mulheres medievais pecadoras? O diário de um extraterrestre? Estudo sobre a transmutação da pedra filosofal?
Paradoxalmente, o caso do "Código Voynich", um livro de 600 anos de idade, tem o poder de nos fazer voltar à infância por sua indecifrabilidade; por não poder ser lido, é meramente contemplado, do mesmo modo que uma criança contempla um gibi ou um livro quando ainda não aprendeu a ler. E é isso: o mundo ainda não aprendeu a ler o Voynich. E veremos se um dia aprenderá...
El País

Viver é Perigoso

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