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terça-feira, 26 de maio de 2015

SETE X DOIS PRÁ ELES !

 
A tarde de 8/7/2014 ficou marcada na memória dos torcedores brasileiros pela acachapante goleada de 7x1 aplicada pela Seleção Alemã. Foram noventa minutos de pasmaceira total. Já passou. O povo quase esqueceu.
Pensando bem, não foi quase nada.
Numa pequena cidadezinha do Sul de Minas, o povo vem levando homéricas goleadas de 7x2. E pior, o placar se repete sempre nas tardes de segunda-feira.
É o dia de reunião na Câmara Municipal.
Não que um time seja muito superior ao outro. Pelo contrário até.
Tem prevalecido sempre a extrema disciplina da equipe goleadora, reconhecidamente estimulada pelo rígido e exigente treinador.
Utilizam muitas as jogadas ensaiadas.
Obediência tática só vista em atletas em final de carreira.
É a vida...

ER

3 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Zelador,

E vc queria que fosse como? Que o prefeito sempre perdesse de 7 a 2? Assim ficaria ingovernável. Isso acontece não só em Itajubá, mas em qualquer lugar do mundo. Esse é o jogo do poder, em qualquer esfera. Duvido que se vc fosse o prefeito, iria conseguir governar se não tivesse a maioria. É uma conta muito simples. O prefeito é arguto, conhece essas nuanças, sabe que precisa de maioria. Tudo bem que teve o trabalho de convencimento dos vereadores para apoio aos seus projetos facilitado. Talvez nem ele mesmo esperasse ter que tratar de convencer vereadores tão dóceis, folclóricos e despreparados como se tem nessa legislatura. Mas isso não é problema dele. Pelo contrário, para ele, pessoalmente, é uma vantagem muito grande.

Tem vereador que acha que promover rodeios é um grande benefício para a humanidade, outro que usa a capa da religião para angariar eleitores, outro que se intitula “o bão”, outro que não consegue dizer uma frase sem ao menos três erros de concordância, etc...

E vc realmente queria um resultado diferente de 7 a 2??

marcos.caravalho disse...

Pois é...Em práticamente todos municípios brasileiros, mesmo aqueles que podemos considerar "gigantes", essa lorota repete-se ano a ano: uma turma de candidatos se elege sem apresentar um esboço sequer do que se poderia chamar de uma idéia ou um projeto de futuro pro município.
Eleitos, correm logo para o regaço afetuoso, compreensivo e "democrático" do "estadista" que se elegeu prefeito, tenham sido eles - os vereadores - eleitos pela "oposição", pela "situação" ou pelo "mais-ou-menos-de-lá-e-de-cá".
Tá formada a "maioria" na câmara...

A partir daí, inicia-se o novo "governo" do municipio.
Cria-se (leia-se, contrata-se uma firma na base da "notável experiência", carta convite, coisa fina... ), primeiro e sempre, um logotipo novo - arte gráfica linha "gadinho do pelo fino" - sobreposta a algum lema que acreditam ser ribombo-otimista-estimulante (p.e. "Administração" (??!!) ano tal a ano tal Decolando Atomicamente Rumo a um Futuro Venturoso" ou bobagens analfabeto-similares).
Inicia-se, dizia eu antes de digressionar, o "novo governo", sem oposição - hardcore ou softcore - com muita "situação" e um número sem fim de projetos dignos de constar em uma ficha-corrida.
Muito que bem: ruim com eles (vereadores), muito melhor sem eles (vereadores). Por inúteis, não deveriam existir; existindo, não deveriam ser remunerados sob hipótese alguma.
E aí, quem fiscalizaria a porta do cofre?
Os projetos alínea L ?
As obras de maquiagem urbana?
Etc...?
Um conselho de cidadãos, por exemplo (não remunerado, numeroso, multiplo, voluntário, aberto a adesões sem limite de número, origem, raça, cor, credo de representantes);
O MP;
O TCM;
O TCE;
O TCU.
O "governante" de plantão tendo que (se) explicar ao vivo, em audiências públicas, seus projetos e desdobramentos.

Democracia direta, dirão as boas e más línguas.
Não. Isso é só mais um rótulo (tem gente que adora viver de rótulos) para evitar discutir sem preconceito uma questão simples, clara e óbvia: como estruturadas hoje em dia, câmaras são um ralo sem fundo de desperdício de dinheiro público e um ótimo "caldo de cultura" (ôpa!!!) para o velho clientelismo bica-d´água que vige (ôôôpa!!) em nosso país desde antes de D. Joâo Charuto.
Abraço aspeado

Anônimo disse...


Marcos Caravalho, entendi nadica de nada do que vc escreveu!!!