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terça-feira, 28 de outubro de 2014

FUTURO SOMBRIO

De burrice em burrice a terrinha vai se afundando.
O Sistema de Monitoramento de Enchentes será desativado no próximo dia 20 de dezembro.
Sistema idealizado e montado por parceria da Unifei, através do Grupo de Estudo em Ciência Ambientais, e da Copasa que tornou possível informar a população, com algumas horas de antecedência, a ocorrência de cheias. Com este suporte técnico a defesa civil, ou outro órgão responsável, pode articular de maneira mais eficiente seu plano de contingência.
Esse sistema é composto por 18 estações de coletas de dados de precipitação e nível dos rios, distribuídas ao longo da bacia do Rio Sapucaí desde a nascente em Campos do Jordão/SP até a cidade de Pouso Alegre/MG, no Rio Sapucaí e seus principais afluentes.
 Em Setembro de 2002 foi firmado, entre a UNIFEI e a COPASA, o 1° Plano de Trabalho que contemplava a instalação de estações de monitoramento e as primeiras medições fluvio-pluviométricas para o Alto Sapucaí. Este plano de trabalho se inseria dentro de um convênio assinado entre as partes para o equacionamento da questão de cheias no Sul de Minas.
O protótipo inicial começou sua operação em Maio de 2003 e funcionou até Março de 2005, com excelentes resultados. Por motivos financeiros, o projeto teve uma parada até Janeiro de 2008.
Com o novo convênio firmado entre UNIFEI e COPASA em 2010, estão disponíveis as informações hídricas - dados de chuva e níveis de rios - de 18 estações de monitoramento.
O convênio se encerra e pelo visto não será renovado.
A Copasa muda de "dono". Será administrada pelo governo petista e possivelmente deixará o convênio.
O Prefeito Municipal, que teria a responsabilidade de se preocupar com o assunto, estaria buscando uma outra alternativa, tirando fora a Unifei. Por razões outras ambientais a atual administração não fala a mesma língua que a dos técnicos da Unifei responsáveis pelo desenvolvimento e atualização constante do sistema. 
Outros profetas municipais, acostumados com a atual triste estiagem, pregam que as grandes chuvas foram embora definitivamente da região. Enchentes, nunca mais.
Anos e anos de trabalho e estudos serão abandonados.
Uma ação conjunta entre a Unifei, PMI, Copasa, Piranguinho, Santa Rita do Sapucaí e Pouso Alegre poderia resolver facilmente a questão.
Vaidade, vaidade e vaidade.
 
ER 

2 comentários:

Anônimo disse...

A palavra da moda é desconstrução. A nova administração que entra desconstrói ao máximo o que as anteriores fizeram. Tantas já foram, apesar de certa forma atingirem apenas os locais, que neste caso nossos vizinhos rio abaixo também serão prejudicados. Não creio que seja apenas má fé ou (muita) incompetência, praxe na atual gestão.

O que se mostrará, e não me surpreenderia, será vermos brevemente uma licitação à toque de caixa para compra de sistemas de monitoramento, ou medição do nível de chuvas (precários e proprietários) que estão longe, a kilometros, de ter a qualidade e abrangência do modelo local. Na vizinhança de Itajubá tem que os faça, por acaso na terra do Bilaquinho.

Na fila, agora dos aposentados, que é maior que a outra. Não vi vantagem.

Anônimo disse...

Quando uma nova enchente acontecer em nossa cidade, já que isso e possível e recorrente (o histórico de precipitações já demonstra isso), os nossos governantes vão dizer que não sabiam que isso era possível acontecer e vão tentar dizer um zilhão de coisas para pedir desculpas.
É lamentável que com tanto conhecimento técnico em nossa cidade, os desgovernantes não tem a capacidade de articular a gestão de um sistema tão simples como é o monitoramento de cheias, falta de $$$? falta de diálogo??? falta de conhecimento e informação??? existe algum interesse individual???

Emprestando sua frase Edson - É a vida!