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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CARTAS QUE NÃO ESCREVI

Itajubá, 15 de setembro de 2014
 
Cara Gilda,
 
Nesta data tão importante para todos nós tomo emprestado partes de um trecho escrito pela Ana Lúcia Lima, para tentar mostrar um pouco como te vejo.
Um grande abraço pelo aniversário. Que possa estar cercada pela família, pelos amigos e por doces lembranças.
 
Resiliência - A psicologia tomou o termo emprestado da física, porém dando uma amplitude maior ao conceito, em termos humanos este conceito, não é assim tão simplista, já que em oposição ao conceito oriundo da física, não pode ser visto como sinônimo de resistência, não significa voltar ao mesmo estado, e sim transformar-se, crescer mediante a capacidade de enfrentar situações consideradas estressantes.
Para inferirmos que alguém possua a capacidade de resiliência, é necessário que não somente sobreviva as adversidades, mas que aprenda com o sofrimento, tomando este a seu favor como um fator para o desenvolvimento pessoal.
É fato que é em meio às crises que se criam as oportunidades. Podemos dizer que é justamente em meio às adversidades que o ser humano se recria, se reinventa e revela potencialidades até então desconhecidas. Podemos dizer que uma pessoa resiliente encara as adversidades sobre outro prisma, como desafios, conseguindo retornar ao seu estado de saúde e espírito anterior a crise.
“Resiliência é a capacidade potencial de um ser humano sair ferido, porém fortalecido de uma experiência aniquiladora.”.
Podemos dizer que resiliência não é uma característica que nasce com o sujeito, mas sim, um processo dinâmico construído a partir da interação do sujeito com o meio. É uma interação entre os processos sociais, intrapsíquicos, os fatores de risco e proteção. Talvez isso explique o fato de que embora possuam trajetórias de vida semelhantes, diferem no fato de que algumas pessoas superam as adversidades e outras sucumbem a elas. A resiliência não é um traço pessoal, mas sim desenvolvimental oriundo da relação do indivíduo com o meio. Neste sentido, podemos dizer que é possível promover resiliência.
Resiliência não é sinônimo de adaptação, no sentido de conformismo, é preciso adaptar-se encarando a realidade, porém agindo de modo a tentar tirar proveito da situação aprendendo com ela. O indivíduo, ao invés de se paralisar perante a situação estressante, consegue superar e se transformar internamente, a própria adversidade conduz o indivíduo a situações criativas, é a crise gerando oportunidades.
“É necessário ter o caos cá dentro, para gerar uma estrela”. (Nietzsche)
Pesquisas têm demonstrado que indivíduos resilientes apresentam determinadas características, tais como: capacidade para ter projetos, bom humor, senso de auto-eficácia, autocontrole, auto-estima, pensamento crítico, criatividade, perseverança, entre outras.
Para as pessoas que sofreram diversas adversidades, é imprescindível para a reconstrução interior dois elementos: elo e sentido. Segundo este autor, elo é o elemento humano, os membros da família, amigos e profissionais. E o sentido é essa busca de entendimento do que lhes ocorre.
Buscando entender o que lhes acontece, ou tentando transformar seu sofrimento em algo útil para si ou para os outros, é que o sujeito encontra um sentido para continuar vivendo.
(Ana Lúcia Lima)
 
ER

2 comentários:

Walter Bianchi disse...

Zé , veja isso:
A cerca
Havia um menino que tinha um temperamento difícil.
Então seu pai deu-lhe um saco de pregos
e disse-lhe para pregar um prego na cerca dos fundos da casa, toda vez que perdesse a paciência.
E, já no primeiro dia, o garoto pregou 37 pregos.
A partir desse dia, a impaciência do menino foi diminuindo gradualmente.
Ele descobriu que era mais fácil conter o seu temperamento do que bater pregos na cerca.
Finalmente, chegou o dia em que o menino não perdeu mais a paciência.
Sabendo disso, seu pai lhe sugeriu que tirasse um prego da cerca cada dia que ele conseguisse conter o seu temperamento.
Os dias foram passando e o menino pôde, enfim, contar a seus pais que não havia mais pregos na cerca.
O pai pegou o filho pela mão, levou-o até a cerca e disse:
- Você fez bem, meu filho, mas veja os buracos na cerca.
Ela nunca mais será a mesma.
Quando você fala coisas com ódio, elas machucam e deixam cicatrizes.
Você pode enfiar uma faca em um homem e retirá-la.
Não importa quantas vezes você diz que sente muito, a ferida continuará lá.
Uma ferida verbal é tão ruim quanto uma física.
Isso vale para todos, inclusive nossos amigos.
Amigos são jóias raras.
Afinal, eles nos fazem sorrir, nos encorajam para seguir em frente, nos dão ouvidos, nos consolam e sempre estão dispostos a abrir o coração para nós.
Mostre aos seus amigos o quanto você se importa com eles.

Edson Riera disse...

Wartão,

Valeu meu grande amigo Wartão. Já lá vão 45 anos.

Abraço