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domingo, 24 de agosto de 2014

REVITALIZAÇÃO DO CENTRO

 
A ocasião é mais do que oportuna para ser discutida em Itajubá, quando se projeta a revitalização do centro comercial. Em princípio precisamos de uma Lei Municipal obrigando a concessionária (Cemig) a tomar providências. Em conjunto, buscar a isenção de ISS para os serviços das obras e também do ICMS junto ao Estado. Da mesma forma, 20% do custo viria diluído nas contas.
Deu no Estado de São Paulo.
 
A burocracia, o alto custo, a falta de planejamento e o crescimento desordenado da cidade se embaraçam com os 69 mil quilômetros de fios amarrados em postes e suspensos sobre a cabeça dos paulistanos, problema longe de ter uma solução.
A Prefeitura diz que a AES Eletropaulo e as companhias de telecomunicações são responsáveis por enterrar os cabos no subsolo da cidade, e as empresas alegam que são reguladas por órgãos federais, além do alto custo das obras.
O atual cenário impõe riscos aos paulistanos. Na quinta-feira, um automóvel ficou em chamas na Vila Olímpia, zona sul, após um fio se partir – ninguém se feriu. No mês passado, um homem morreu eletrocutado no Tatuapé, na zona leste, após um fio cair sobre seu carro. Além do perigo, os fios desvalorizam imóveis e causam impactos urbanísticos negativos.
Mas esses dois cabos que caíram são apenas uma pequena parte do que paira sobre os paulistanos. A cidade tem 115 mil quilômetros de cabos. Apenas 40% deles estão enterrados, segundo Marcos Romano, diretor do Departamento de Controle de Uso de Vias Públicas (Convias), da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). Ele diz que o ideal para a cidade seria que todos os fios ficassem no subsolo. 
“A rede enterrada tecnicamente é mais eficaz, independentemente da localização. É evidente que, quanto mais rede você tem, mais espaço precisa no subsolo e mais caro fica. A cidade ideal é a sem cabo”, disse. Ele explica que a Prefeitura não é a responsável pelo enterramento dos fios. “Dependemos das concessionárias. Se tem lei, eles entram com ação ou dizem que não têm dinheiro”, afirmou. “Isso envolve muita gente, muita coisa e dinheiro. A parte técnica fica limitada.”
Romano afirmou que todas as novas intervenções urbanísticas da Prefeitura preveem o enterramento de cabos. Hoje, a Convias tem o mapeamento de todos os fios. De um computador, Romano consegue recortar trechos da cidade e saber, por exemplo, quais serviços passam sob a rua ou nos postes. 
Custo. A AES Eletropaulo é responsável por instalar os postes na capital, explorando economicamente o serviço de outras empresas que precisam pagar para pendurar um fio. Segundo a concessionária, a receita média anual com o serviço é de R$ 100 milhões por ano. A concessionária diz que não lucra com o aluguel e 90% do arrecadado é descontado na conta de luz. 
O vice-presidente de Operações da AES Eletropaulo, Sidney Simonaggio, diz que o enterramento é complexo e depende de entendimento de vários entes. “Para colocar a obra em operação, eu preciso submeter o processo à Convias, que me concede alguns horários do dia. Isso não é uma condição pontual. É diferente de um plano generalizado de enterramento da rede aérea”, explicou. 
A concessionária cobra que a Prefeitura informe o Plano de Enterramento da Rede Aérea (Pera). Ainda segundo a AES Eletropaulo, mesmo com o plano em prática, será necessária a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 
A AES Eletropaulo também alega o custo do enterramento. “A rede subterrânea custa 16 vezes mais do que uma rede aérea.” Na Avenida Santo Amaro, na zona sul, cada quilômetro de fio enterrado custaria R$ 10 milhões. “O enterramento da rede elétrica não é uma prática mundial; é uma exceção. O predominante é a rede aérea. A subterrânea, por ser cara, é feita em alguns lugares”, disse a empresa. 
Ele defende o enterramento em regiões mais densas da cidade, como o Itaim-Bibi, na zona sul. “Quando se olha para o poste hoje se percebe que não tem mais espaço para a telecomunicação. Ele está tomado de fios.” 
A AES Eletropaulo defende a isenção fiscal para construir redes subterrâneas de fios: 80% de descontos em ISS e ICMS. Os 20% restantes seriam repassados para os consumidores. 
É lei. Para o vereador Milton Leite (DEM), autor de uma lei que obriga as concessionárias a enterrar 250 km de fios por ano, a solução é simples: cumprir o que a Prefeitura pede. “As concessionárias até ganham com isso porque podem aumentar a conta”, explicou Leite.
Ele também cobra ações da Prefeitura como fiscalização e inclusão de projetos de enterramento de fios em “qualquer tipo” de intervenção urbanística. O vereador discorda da posição da concessionária de energia elétrica em relação à Aneel. “Quem manda e é responsável pelo urbanismo na cidade é a Prefeitura.”
O professor Renato Cymbalista, de História do Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade de São Paulo (USP), concorda com a justificativa do custo. “Se a AES Eletropaulo resolver fazer, ela tem o direito de repassar o custo para as tarifas.”
Cymbalista defende algumas formas para enterrar fios em São Paulo. Uma delas é cobrar de empreendimentos imobiliários que geram grandes impactos de trânsito e meio ambiente na cidade. Segundo ele, a partir de Termos de Ajustamento de Conduta, a Prefeitura pode exigir que construtoras diminuam os impactos causados com as obras.
OESP

4 comentários:

Anônimo disse...

Zelador, por favor, Cemig, Copasa, "órgão" publico não,vamos ca entre nois mesmos pois pois.....a gente acerta.Fique tranquilo.

Anônimo disse...

Amigo Zelador, já to cansado de falar, mas, vou falar mais uma vez, Bastiãozinho não liga para essas coisinhas, ele vai fazer do jeitinho dele e pronto acabou!!

Canôa branca disse...

Edson Riera, você é uma das pessoas mais inteligentes e importantes de itajubá! Merecia até um novo busto na praça, eu reconheço seu desempenho! parabéns pelo blogs!

Edson Riera disse...

Canoa Branca,

Tá tirando ?

Zelador