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terça-feira, 11 de março de 2014

MEGA GRADEAMENTO


Um executivo ligado à cúpula da Alstom na França disse que a multinacional pagou propina para Robson Marinho, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e ex-chefe da Casa Civil no governo de Mário Covas (PSDB), entre 1995 e 1997.
É a primeira vez que um integrante da cúpula da empresa cita o nome de Marinho como beneficiário de suborno.

O nome do conselheiro foi citado em depoimento às autoridades suíças, segundo documento de cooperação internacional enviado ao Ministério Público em maio de 2010 e que faz parte do processo sobre a Alstom no Brasil.
"Compreendi que se tratava de um certo sr. Robson Marinho. Ele era membro do Tribunal de Contas do Estado federal [sic] de São Paulo. Essa é a instância que fiscaliza as companhias estaduais. Agora não sei se apenas essa pessoa recebeu dinheiro ou se o sr. Marinho o distribuiu ou não", disse Michel Cabane, ex-diretor da Cogelec, subsidiária da Alstom e da Cegelec.
A Cogelec produzia justamente os equipamentos que seriam vendidos à Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) em 1998: subestações de energia elétrica.
A Alstom pagou R$ 23,3 milhões de suborno para conseguir um contrato de R$ 181,3 milhões, tudo em valores atualizados, segundo acusação do Ministério Público.
Os pagamentos foram feitos entre 1998 e 2003, quando o Estado era governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
O executivo disse à Justiça suíça que soube do nome de Marinho em conversas com Jonio Foigel, ex-presidente da Cegelec no Brasil, e André Botto, ex-diretor comercial da Alstom na França. Os três executivos tiveram participação na venda das subestações para a Eletropaulo.
Como a Folha informou em janeiro, Botto disse à Justiça francesa que a Alstom havia pago uma propina equivalente a 15% do valor do contrato com a Eletropaulo: "Tivemos de pagar comissões elevadas, da ordem de 15% do contrato."
 
Folha
 
Blog: O que causa espanto é que o assunto foi investigado na Suíça e documentos referentes a questão, foram enviados para as autoridades brasileiras em 2010. O Sr. Marinho, como todos sabem, foi Prefeito de São José dos Campos.  Por que tanta demora na apuração ? Porque existe culpa. Os íntegros (raça praticamente extinta nesse meio), quando mencionados em alguma negociata, são os primeiros a exigir imediata apuração.
Repito: Não acredito que nos últimos 40 anos aconteceu qualquer fornecimento de serviço/equipamento para projetos públicos, totalmente isento.
Talvez ficasse mais em conta construir 23.086 km de grades cercando todo o pais. Mega cadeião.
 
ER 
 
 
 
 
   

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