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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

TELEGRAMA QUE NÃO ENVIEI

Itajubá, 7 de setembro de 2013
Caro Camarada,
Tento imaginar o que se passa.
Já assisti inúmeras vezes esses filmes sentado na primeira fileira. Até mesmo já tentei dirigir um. Fui poupado.
No poder, a realidade começa a fugir do nosso alcance. O cerco constante, voraz e entediante dos bajuladores, inevitavelmente, distorce a verdade.
A dureza e a posição confortável dos opositores nos coloca em constante defesa. A introdução e o avanço da internet nos abalam.
Mundo de interesseiros e interessados.
Gente com desprendimento ? Em falta no mercado.
A impressão que se tem é de que o universo é composto, tão somente, de pidonchos, fuinhas e inimigos mortais.
Bons tempos de oposição.
Vez por outra, o mocinho entrava com ar de tédio no salão, dava uns pares de tiros para cima, era citado pela valentia e seguia animado ao som da pianola.
A estrada e o celular não são melhores conselheiros. Há que se encarar o corpo a corpo e aprender a dizer não.
Decepções com pessoas acontecem. Na maioria das vezes por nosso próprio erro de avaliação.
Imprevistos e percalços são normais.
Alguns compromissos feitos no calor de campanhas terão que ser refeitos. Dura constatação: Muitos deles não tratam do bem comum.
Grupos e pessoas, não terão prejuízos mas verão reduzidos os lucros imaginados.
Promessas depois da campanha não fazem sentido. Os tempos são outros. Soam melhor para os dias de hoje a apresentação de cronogramas de obras, custos e benefícios conquistados.
Difícil  admitir que os poucos bons resultados possíveis  de serem mostrados, ainda são de conquistas dos administradores do passado. É entendível. Pouco se poderia realizar em tão escasso tempo.
Visitar e tomar chás de cadeira em gabinetes da capital, quase sempre, não traduzem em resultados. Outras tantas promessas, promessas e promessas.
No próximo ano teremos eleições. Já neste fim de ano os candidatos começarão a passar por aqui. Boa ocasião para conversar.
Como dizia o filósofo de São Bernardo do Campo:
Desloque-se, peça a bola, mate-a no peito, coloque-a no terreno, oriente o posicionamento dos companheiros e avance.
É a vida.
PT SAUDAÇOES
ER

2 comentários:

Anônimo disse...

Que ta acontecendo meu grande amigo zelador camarada?????

Edson Riera disse...

Anônimo,

São momentos. Apenas momentos.

Abraço

Zelador